Equipes médias suspenderam boicote nos EUA. Ameaça agora é no GP do Brasil

Com apenas 18 carros no grid de largada, o Grande Prêmio dos Estados Unidos correu o risco de ser boicotado por três equipes. Force India, Lotus e Sauber só definiram suas participações na corrida pouco antes da largada – mais exatamente 90 minutos antes do sinal verde.

Diante da ausência de Marussia e Caterham na prova deste final de semana, equipes médias ameaçaram se rebelar diante das incertezas financeiras que rondam o pelotão intermediário do grid. Bob Fernley, uma espécie de vice-chefe de equipe da Force India, disse que “todas as medidas” foram avaliadas - inclusive o boicote - antes que os times decidissem correr.

“É sabido que há uma questão. O problema é: isso pode ser resolvido? Mas o fato de nossa questão ser conhecida, por enquanto, nos permite progredir”, disse Fernley.

Segundo a imprensa europeia, Bernie Ecclestone, diretor-executivo da Formula One Management (FOM), negociou pessoalmente a participação dos times na prova, assumindo sua parcela de culpa na crise e admitindo que a distribuição de verbas na F1 é “errada”, privilegiando os times de ponta.

Com a exposição do problema financeiro, as equipes médias decidiram correr em Austin. No entanto, a ameaça de boicote não passou – agora, o risco é de um boicote no Grande Prêmio do Brasil deste final de semana, em São Paulo.

Gerard Lopez, dono da equipe Lotus, seria um dos organizadores do boicote na reta final da temporada. Lopez não é presença recorrente nas corridas, mas esteve em Austin. O próprio dirigente admite que a ameaça de boicote nos Estados Unidos deve se repetir no Brasil.

“Será interessante descobrir o que vai acontecer nas próximas semanas em torno deste assunto”, disse Lopez.