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Alonso pensava em deixar Ferrari após 2013. Decidiu agora por falta de amor

Espanhol esperou competitividade na Ferrari em 2014, mas não conseguiu - AP Photo/Andre Penner
Espanhol esperou competitividade na Ferrari em 2014, mas não conseguiu Imagem: AP Photo/Andre Penner

Das agências internacionais

Em Abu Dhabi (Emiras Árabes Unidos)

20/11/2014 15h40

De saída da Ferrari, o espanhol Fernando Alonso disse que já tinha dúvidas a respeito de sua permanência na equipe antes de 2014. O bicampeão revelou ter conversado nos últimos meses com Luca di Montezemolo, ex-presidente da escuderia, afirmando que pretendia sair.

”Não houve um momento especial que tenha aberto meus olhos no último ano”, disse o espanhol nesta quinta-feira, em entrevista coletiva. “No ano passado, tive dúvidas sobre 2014. Eu sabia que haveria uma grande mudança de regulamentos, então pensei que a melhor coisa seria chegar como o novo turbo de 2014 seria para a Ferrari”, completou.

A Ferrari comunicou nesta quinta-feira a saída de Alonso ao fim da temporada, embora o espanhol tivesse contrato até o fim de 2016. A decisão foi tomada “de comum acordo”, segundo a escuderia, que anunciou o alemão Sebastian Vettel como substituto de Alonso.

O espanhol disse ter tomado a decisão de sair no decorrer da temporada, comunicando pessoalmente Luca di Montezemolo. Então presidente da Ferrari, Montezemolo deixou o cargo em outubro.

”Eu tinha uma relação muito próxima com o presidente Montezemolo”, disse Alonso. “Conversávamos todas as semanas. Nós mais ou menos concordamos que, se não fôssemos competitivos neste ano de novo, talvez eu pudesse pensar em diferentes opções. Na pausa para o verão (entre as etapas da Hungria e da Bélgica), eu pensei que talvez fosse o momento de sentar com o presidente e dizer: ‘se estiver tudo bem, eu gostaria de ir embora’”, relevou o piloto espanhol.

Alonso chegou à Ferrari em 2010. Em cinco temporadas, terminou três como vice-campeão. No entanto, em 2014, a Ferrari deverá terminar o ano sem vitórias, o que não acontecia com a equipe desde 1993. A estagnação encerrou o caso de amor do bicampeão com a tradicional equipe italiana.

”Em setembro, eu disse que talvez a melhor coisa fosse dizer adeus se fosse possível”, afirmou. “Tenho que estar feliz, tenho que estar motivado. Preciso amar o que estou fazendo. E, em setembro, eu senti que não era mais o caso”, assumiu o espanhol, que deve ser anunciado pela McLaren como novo piloto em dezembro.

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