Contratados criaram 'nova Williams' em 2014. E sucesso pode crescer em 2015

A temporada de 2014 marcou o surgimento de uma “nova Williams”, deixando para trás a equipe que sofria para somar pontos no século XXI. A opinião é da própria Claire Williams, chefe adjunta de equipe, responsável direta pela guinada da escuderia fundada por Frank Williams após 2013.

”É como uma nova Williams”, disse Claire, em declarações à agência Reuters. “Não é que eu não ame a nova Williams. Mas eu acho que, por anos, fomos um pouco estáticos, um pouco presos, sem percebermos onde estávamos. A equipe não sabia onde estava indo”, acrescentou a dirigente.

A ascensão de Claire à equipe, no entanto, não explica sozinha a evolução de 2014. Nesta temporada, além de contar com os potentes motores Mercedes, a escuderia teve seu caixa reforçado com o patrocínio da Martini, empresa italiana de bebidas.

Nos bastidores, a equipe contratou nomes fundamentais em sua reação. Pat Symonds (ex-Benetton e Renault) chegou em julho de 2013 para chefiar o departamento técnico. Com ele, vieram também os engenheiros Jakob Andreasen (ex-Force India) e Rob Smedley (ex-Ferrari). Nos carros, o brasileiro Felipe Massa substituiu o venezuelano Pastor Maldonado.

”Acho que isso (mudanças) foi fundamental, psicológica e mentalmente, para um monte de gente na Williams. E isso representa um futuro novo para a equipe”, afirmou Claire Williams. “Trata-se de uma nova geração recriando os dias de glória, mas de um jeito diferente. Isto é empolgante para mim”, completou.

A equipe, com nove pódios em 2014, já avisou que a meta é voltar a brigar por títulos em 2016. Para isso, porém, precisa diminuir a diferença para a Mercedes em 2015.

”É o próximo passo, e que será o mais difícil”, afirmou. “No próximo ano, a missão será dar o próximo passo e diminuir a diferença para a Mercedes. (Então), vencer corridas e disputar com eles”, acrescentou.

Com o sucesso de 2014, Claire Williams admite que o sucesso nas pistas começa a ajudar já para 2015. Além do aumento no orçamento que a própria categoria distribui entre as equipes, com maiores porções para os melhores colocados, a escuderia voltou a atrair patrocinadores.

”As pessoas querem fazer parte disso”, disse a dirigente, destacando que muitas das marcas são voltadas para um público mais jovem. “Temos muitas conversas positivas em andamento. Sucesso atrai sucesso, não é?”