Hamilton x Rosberg teve erro suspeito e conselho. Mas Mercedes se cansou
A rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg na temporada de 2014 da Fórmula 1 teve alguns picos. Um deles, em especial, incomodou Hamilton no Grande Prêmio de Mônaco.
O fato aconteceu no Q3 do treino de classificação da prova. Na ocasião, Rosberg cometeu um erro e provocou bandeira amarela na pista, privando o companheiro de equipe na Mercedes de tentar uma volta lançada que pudesse colocá-lo na pole position. Na ocasião, o acidente do alemão levantou suspeitas.
”No Bahrein, Nico fez uma coisa. Em Barcelona, eu fiz uma coisa. Então, em Mônaco, Nico levou a situação a um novo patamar, o que definitivamente tornou as coisas mais difíceis para nós”, contou Hamilton à emissora de TV britânica Sky Sports. As situações às quais o britânico se referiu no Bahrein e na Espanha diziam respeito a configurações de motor proibidas pela equipe a seus pilotos.
O clima entre os dois voltou a ficar tenso no GP da Bélgica, quando eles se enroscaram na segunda volta. Hamilton teve um pneu furado, e Rosberg sofreu com danos na asa dianteira. O alemão foi o segundo colocado da prova, vencida por Daniel Ricciardo (Red Bull), enquanto o britânico foi forçado a abandonar voltas depois.
A situação causou um grande desconforto na Mercedes. Inconformada, a cúpula da equipe decidiu não mais aceitar os contornos que a rivalidade estava assumindo.
”Todo final de semana tínhamos novos desafios. Todo final de semana precisávamos mediar os pilotos. Todo final de semana precisávamos avaliar e passar tempo equilibrando as coisas. Chegou a um ponto em que eu tinha o bastante. Era o suficiente. Meu trabalho não era assegurar que os dois estivessem bem. Para mim, aquilo era o fim”, disse Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, também à emissora.
A situação só melhorou quando a Mercedes colocou em prática um conselho dado por Alain Prost no começo da temporada. “Eu estava conversando com Prost e perguntei sua opinião sobre o que eu deveria fazer para evitar uma situação de guerra como a que ele teve com Ayrton (Senna). Então, ele disse a palavra mágica: transparência”, disse Wolff.
“Ele me disse que a McLaren não agiu de forma transparente com os pilotos. Talvez porque Senna havia sido o último a chegar. Prost então disse que, no fim, não podia entender como a equipe estava organizada, uma vez que a rivalidade entre os pilotos chegou aos mecânicos. A equipe estava dividida em duas”, completou.
Coincidência ou não, a partir da transparência adotada na Mercedes, Hamilton venceu seis das sete corridas restantes na temporada – Rosberg venceu a outra, no Brasil. Antes fora de controle, a tensão na Mercedes foi domada.
”Nada mudou minha opinião a respeito do que acontece. É o mesmo sobre Mônaco”, disse Hamilton. “Eu sei como me sinto sobre eles (equipe) e isso não mudou. Mas isso é legal, porque agora sou campeão do mundo”, completou.
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