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Por competitividade e baixos custos, Haas quer mais montadoras na Fórmula 1

Gene Haas terá equipe na Fórmula 1 em 2016, com motores fornecidos pela Ferrari - Getty Images
Gene Haas terá equipe na Fórmula 1 em 2016, com motores fornecidos pela Ferrari Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

07/01/2015 11h29

A entrada de mais fabricantes na Fórmula 1 poderia reduzir os custos da categoria e torna-la mais barata. A opinião é de Gene Haas, proprietário da Haas F1, que estreará na categoria em 2016.

Em entrevista à revista Autoweek, Haas – que contará com motores Ferrari em sua futura equipe – afirmou que as fornecedoras também sairiam ganhando caso fabricassem e oferecessem mais unidades motrizes a equipes.

”Acho que ter grandes fabricantes chegando e fornecendo motores faz muito sentido, porque elas não precisam ter grandes equipes e coisas que custam muito dinheiro. Então, podem fornecer a várias equipes. Acho que é um bom jeito de fazer as coisas”, disse.

Em 2015, a Fórmula 1 terá quatro fornecedoras de motores: Mercedes, Renault, Ferrari e Honda – esta última, de volta à McLaren. Rumores recorrentes dão conta da entrada da Volkswagen, que poderia levar a marca Audi à categoria. Cada equipe paga cerca de US$ 30 milhões (R$ 80 milhões) para cada fabricante pelo fornecimento de um ano.

A meta do dirigente para estrear na F1 é conseguir se manter financeiramente nos primeiros anos para, com as contas em ordem, conquistar terreno no grid. Para isso, a ideia é adquirir componentes de outras equipes, ao invés de construí-los.

”Nosso modelo na Fórmula 1 é baseado em nossa equipe de Nascar (Stewart-Haas Racing), onde usamos chassis e motores de outras pessoas”, disse. Para ele, equipes pequenas da Fórmula 1 recente sucumbiram diante da necessidade de fabricar praticamente todo o carro.

“Se a Caterham não voltar (à F1), haverá apenas nove equipes. Seremos a décima. Não acho que Bernie (Ecclestone) irá mais permitir equipes start-up. Se provarmos que podemos ter sucesso, então seria um novo modelo para uma estreante. Ter algo como Caterham e Marussia, que começaram do nada, não funciona”, completou o dirigente, que se associou à Ferrari para cortar custos.

Incerta a respeita da disponibilidade de componentes, a Haas promete começar a desenvolver seu primeiro carro a partir de janeiro. “Em janeiro, começaremos com alguns empregados na Inglaterra”, disse. “Precisamos começar a encomendar caminhões e trailers em fevereiro ou março, já que eles precisam de seis meses para ser construídos. Temos muito trabalho a fazer.”

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