Proibição acaba com capacetes irreverentes e homenagens na Fórmula 1

A Federação Internacional de Automobilismo confirmou a decisão de impedir que os pilotos mudem o desenho de seus capacetes durante a temporada da Fórmula 1. A nova regra foi publicada no regulamento de 2015 da categoria.

O texto explica que, “para que os pilotos sejam facilmente reconhecidos quando estiverem na pista, o capacete de cada um deles deve ser apresentado substancialmente da mesma forma em todos os eventos da temporada.”

A determinação marca o fim de uma era em que os pilotos abusaram da criatividade. A maioria trocava as cores de seus cascos em provas especiais, como o GP de Mônaco, e fazia homenagens, principalmente a ex-pilotos.

Alguns usaram o capacete como fonte de caridade, como Fernando Alonso, que leiloou um dos cascos especiais que utilizou e doou o dinheiro. Já Daniel Ricciardo fez um concurso no final do ano passado e permitiu que seus fãs ‘fizessem sua cabeça’.

Mas ninguém mudou tanto suas cores quanto Sebastian Vettel. O alemão usou mais de 50 desenhos diferentes durante os cinco anos de Red Bull. Alguns deles marcaram época: no GP de Cingapura de 2012, aproveitando a etapa noturna, usou LEDs; no GP da Grã-Bretanha do ano anterior, homenageou os mecânicos colocando fotos de seus rostos no capacete. 

Outro que chamou a atenção com seus desenhos foi Lewis Hamilton que, inclusive, adotou a bandeira brasileira em duas oportunidades quando correu no país, com o qual sempre disse se identificar devido à ligação com Ayrton Senna. Em 2011, o piloto prestou homenagem ao cantor jamaicano Bob Marley no GP da Índia. Em 2013, o inglês, fã de hip hop, correu no GP de Mônaco com um grafite em que aparecia em um carro conversível com a então namorada, a cantora pop Nicole Scherzinger, e seu cachorro, Roscoe.

Além da proibição das trocas de capacetes, a FIA também confirmou que os pilotos vão perder o direito de usar seus números pessoais se não participarem de nenhuma corrida por duas temporadas consecutivas na Fórmula 1. Desde o ano passado, cada um teve de escolher um numeral para usar pelo restante da carreira na categoria.