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McLaren é 17km/h mais lenta, mas Button vê "carro do futuro"

Jenson Button já venceu o GP da Austrália em três oportunidades, sendo duas pela McLaren - Clive Mason/GettyImages
Jenson Button já venceu o GP da Austrália em três oportunidades, sendo duas pela McLaren Imagem: Clive Mason/GettyImages

Do UOL, em São Paulo

14/03/2015 06h29

Mesmo com 17km/h a menos de velocidade na reta, largando na penúltima posição no grid e sem ter conseguido dar sequer mais do que 12 voltas em sequência desde o início do ano, Jenson Button não perde a esperança de que o projeto da McLaren-Honda terá dias melhores. E crava: “Esse carro é muito importante para o futuro da Fórmula 1.”

A McLaren vem sofrendo com uma série de problemas com o motor Honda, única montadora que faz sua estreia com a tecnologia híbrida V6 turbo nesta temporada. O calcanhar-de-Aquiles do carro tem sido as altas temperaturas, especialmente na unidade de recuperação de energia cinética, o que obriga os japoneses a não usarem toda a potência que têm à disposição.

Após o vexame da classificação, quando ficou com o último e penúltimo lugares pela primeira vez da história da McLaren – de 1966, quando o time fez sua estreia, até aqui, o pior resultado tinha sido um 25º e um 26º lugares no grid do GP da Itália de 1976, na frente de apenas um carro – o chefe de Fórmula 1 da Honda, Yasuhisa Arai, admitiu que o carro estava funcionando de “maneira bastante conservadora” porque “não poderíamos perder um motor na primeira corrida.”

Nesta temporada, cada piloto tem direito a usar quatro unidades de potência ao longo da temporada, um a menos que ano passado. Tal cuidado da Honda explica a diferença em relação aos mais velozes do grid, as Williams de Valttei Bottas (329km/h) e Felipe Massa (327,6km/h). A maior velocidade de Button foi de 312,8km/h. Seu companheiro, Kevin Magnussen, só chegou a 312,5km/h. Em termos de tempo, a melhor McLaren foi mais de 4s mais lenta que o pole Lewis Hamilton.

Perguntado se estava surpreso com o resultado, Button disse que não. “Sabia que não seria fantástico. É claro que seria difícil, por isso não estou muito triste”, disse o inglês, que manteve a positividade. “O impressionante é que conseguimos resolver problemas em todas as sessões. Sei que isso não soa importante, mas é.”

Passado o pesadelo da classificação, o próximo desafio é completar o GP da Austrália. “Ainda não fizemos uma simulação de corrida. Minha maior sequência é de 12 voltas”, reconheceu. “Faremos nosso melhor, mas será um aprendizado gigante.”

As dificuldades têm sido tantas que o CEO da McLaren, Ron Dennis, teve de sair em defesa da troca que a equipe fez neste ano, passando dos motores Mercedes para a Honda. “Se seu objetivo é ganhar um campeonato, você tem de ser equipe de fábrica com uma montadora capaz de produzir um motor vencedor. Pode levar um pouco mais de tempo que gostaríamos, mas estamos nessa jornada e vamos até o final”, garantiu.

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