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Fórmula 1

Alonso contesta McLaren e diz que não acordou em 1995 após acidente

Do UOL, em São Paulo

26/03/2015 06h21

Liberado para correr neste final de semana, mais de um mês após sofrer acidente durante os testes de pré-temporada, Fernando Alonso contradisse a versão oficial de sua equipe sobre a batida e garantiu que não perdeu a consciência na batida. E também não acordou falando italiano ou pensando que estavam em 1995, como divulgaram os jornais europeus.

Alonso disse ter sentido que o volante de sua McLaren "travou para o lado direito", causando o impacto. A McLaren vinha sustentando desde o acidente, ocorrido em 22 de fevereiro, que um "golpe de vento" havia feito o espanhol perder o controle do carro, teoria bastante questionada no mundo da Fórmula 1.

Para o bicampeão, que faz sua reestreia no time inglês depois de uma passagem conturbada em 2007, a McLaren não tinha dados para comprovar o que aconteceu – as análises feitas no carro não demonstraram qualquer falha, mas definitivamente eu tive um problema no volante no meio da curva 3: ele travou. Fui em direção ao muro, freei até o último momento e mudei a marcha da quinta para a terceira. Infelizmente, parte dos dados está faltando, provavelmente a aquisição deles naquela parte do carro", explicou.

A própria McLaren anunciou que, depois de ouvir o testemunho do piloto, instalou um novo sensor no carro. "Também há outras mudanças que fizemos para esta corrida na área do volante e em outras peças", revelou Alonso, que contestou a teoria do vento. "Não sei se você viu o vídeo, mas nem um furacão moveria o carro naquela velocidade."

O piloto espanhol negou ainda que tenha tido algum problema físico e, por isso, perdeu o controle. "Se isso acontece, normalmente você perde potência e vai reto, nunca para a linha de dentro. Em um carro de Fórmula 1, é preciso fazer força para virar o volante", justificou.

Perda de consciência

Alonso também explicou que não perdeu a consciência com o impacto da batida mas, sim, a caminho do hospital. "Tudo foi mais ou menos como uma concussão normal. Eu tive a concussão e fui para o hospital em boas condições. Há um momento em que não lembro, das 14h às 18h, mas tudo foi normal por causa da medicação que eles te dão", explicou.

"Não acordei em 1995, não acordei falando italiano e todas essas coisas que saíram por aí. Eu lembro do acidente e lembro de tudo o que aconteceu depois naquele dia", cravou o piloto, que se disse perfeitamente bem de saúde depois de ser, por quatro semana, "o esportista de que deve ter passado pelo maior número de exames na história."

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