Em guerra com Red Bull, Renault pode comprar time. Ou sair da F-1
Em guerra com sua principal cliente, a Red Bull, a Renault não descarta comprar uma equipe para voltar a ter seu próprio time. Ou mesmo deixar a Fórmula 1.
Nesta sexta-feira, o chefe da Renault Sport F1, Cyril Abiteboul sentou lado a lado com o chefe da Red Bull, Christian Horner, na coletiva de imprensa. Os dois passaram as últimas semanas trocando farpas: enquanto os fornecedores de motores dizem que não são os únicos responsáveis pelo desempenho aquém do esperado dos tetracampeões entre 2010 e 2013, a equipe não para de criticar o equipamento cedido pelos franceses.
Abiteboul reconheceu que a situação pode levar a Renault a rever seu envolvimento com a Fórmula 1. “Estamos estudando as opções, incluindo sair da F-1. Honestamente, [sairemos] se a categoria for tão ruim para a reputação da Renault, se virmos que temos dificuldades com as regras atuais e a F-1 não está dando o retorno aos custos que estamos tendo.”
Por outro lado, o dirigente salientou que, se a empresa entender que pode competir com as demais e ter um bom retorno de mídia, então a ideia seria posicionar a marca da melhor maneira. “É um mercado aberto e temos a possibilidade de discutir com várias pessoas. Mas a nossa prioridade no momento é acertar o motor.”
A grande ‘candidata’ a uma possível compra é a Toro Rosso. A equipe é de propriedade da Red Bull, que ameaça retirar seu investimento do esporte. Trata-se de uma oportunidade caso a Renault decida mudar sua relação com o esporte e voltar a ter um time próprio, como nas décadas de 1980 e de 2000.
Também presente na coletiva, o chefe do time, Franz Tost, demonstrou gostar da ideia de mudar de dono. “Seria uma oportunidade fantástica para a Toro Rosso dar um passo adiante porque a equipe quer se estabelecer entre os cinco melhores no futuro e ser comandada por um fabricante de motores seria exatamente do que o time precisa.”
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