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Pilotos da Fórmula 1 estão insatisfeitos com a lentidão dos carros

Webber deixou a Fórmula 1 no fina da temporada de 2013 - AP Photo/Greg Baker
Webber deixou a Fórmula 1 no fina da temporada de 2013 Imagem: AP Photo/Greg Baker

Do UOL, em São Paulo

28/04/2015 08h42

Carros mais lentos, um número alto de ultrapassagens, muitas delas acontecendo artificialmente por conta da asa traseira móvel, e a necessidade de poupar o equipamento o tempo inteiro. As características da Fórmula 1 de hoje desagrada até aos pilotos. Quem garante é o aposentado Mark Webber.

"Eu falo pelos pilotos que andam na frente do grid, porque eles não podem dizer o que realmente sentem. Mas estou falando com eles agora de fora. Eu adoraria que alguém fizesse uma estatística em ritmo de corrida com corridas de 2015 em comparação com meados dos anos 2000 - provavelmente Montoya teria dado três voltas em Sebastian na Malásia”, falou Webber se referindo ao recorde do piloto colombiano na pista de Sepang, registrado em 2004.

Fernando Alonso recentemente comentou sobre as mudanças, lembrando que o ritmo do GP da China foi 10s por volta mais lento do que há 10 anos. “Mas as pessoas não estão olhando para isso”, prosseguiu Webber. “No passado, o limite no circuito da Malásia costumava ser sua coragem. Agora é 'salvar seus pneus'."

A necessidade de poupar o equipamento é o que mais incomoda os pilotos, segundo Webber. "A F-1 mudou muito nos últimos cinco ou seis anos, de modo que hoje os engenheiros estão constantemente focados na performance dos pneus. Até mesmo na GP2 e GP3, o rendimento do piloto é baseado em como ele consegue administrar os pneus."

Para o australiano, aposentado da Fórmula 1 desde o fina de 2013 e atualmente no Mundial de Endurance, a categoria passa por muitas mudanças, ao contrário de outros esportes. "Se você olhar para esportes como futebol ou tênis no nível de elite, não têm havido grandes mudanças", afirmou. "Se você fizer os gols maiores no futebol você fará Messi mais feliz?Provavelmente não, porque ele tem a capacidade. Infelizmente as pessoas agora esperam para ver 20 ultrapassagens por GP, é uma espécie de padrão. Acho que poderíamos fazer corridas com menos ultrapassagens e uma melhor qualidade. Absolutamente o problema não são os pilotos. Eles que estão tendo que lidar com isso.”

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