Massa exalta amigo Galvão, mas diz: "nem sempre fala o que é a realidade"
Há 14 anos na Fórmula 1, Felipe Massa desenvolveu uma grande amizade com Galvão Bueno e sempre que tem a oportunidade costuma rever as corridas com a sua narração. E apesar de ser um admirador do ícone da TV Globo pela emoção que consegue dar às transmissões, o piloto da Williams também é crítico com o tom adotado em algumas oportunidades.
“Muitas vezes (ouvi coisas que não gostei). Claro que a emoção que ele traz é muito legal, tem um talento incrível para isso. Mas é lógico que muitas vezes acaba falando coisas que não são a realidade, mas nada que traga muito problema. Eu tenho relação próxima com o Galvão e falo isso para ele numa boa”, disse Massa em entrevista exclusiva ao UOL Esporte na tarde de quarta-feira. Recentemente, o narrador chamou o piloto de "irmão" em uma dedicatória.
Por ser o brasileiro com mais chances de vitória na Fórmula 1 atualmente e ter lidado com essa responsabilidade ao longo dos últimos anos, Massa sempre foi exaltado por Galvão e cobrado pelo torcedor brasileiro, que não vê uma vitória sua desde o Grande Prêmio do Brasil de 2008. A pressão existente, entretanto, não parece o incomodar nem um pouco.
“O brasileiro quer ver o brasileiro lá em cima. Hoje, o brasileiro não segue tênis como quando tinha o Guga. A pressão no Brasil para ser campeão é forte em geral, mas acho que nunca sofri por causa dela. Tanto que ganhei duas vezes em Interlagos (2006 e 2008) e na outra (2007) deixei o Kimi (Raikkonen) passar para ser campeão. Eu sou muito respeitado. Se você ver, na corrida do ano passado, a cada volta os fãs estavam gritando por mim. Isso mostra que o brasileiro é apaixonado e e gosta de torcer. E acho que o público entende de Fórmula 1, porque é um esporte que sempre passou na televisão”, afirmou Massa no longo bate-papo.
Em que pese o longo jejum de vitórias e não brigar na ponta da tabela pelo título mundial desde 2008, Massa diz que perseguirá este sonho até o fim de sua carreira na Fórmula 1. Na atual temporada, ele ocupa o quinto lugar do Mundial, com 31 pontos ganhos quatro etapas realizadas.
“(Ser campeão) continua fazendo parte do meu sonho, até a hora que eu entender que vai ser impossível. Acredito que tenho este potencial. Para você vencer o campeonato, tudo tem que dar certo e espero que isso possa acontecer”, disse o piloto de 34 anos, que não faz planos de aposentadoria.
“O que eu planejo é seguir em uma equipe competitiva, como a Williams. É um prazer imenso que tenho lá e não penso muito na idade. Enquanto tiver esse prazer eu pretendo seguir correndo. Tenho esse ano de contrato e mais um opcional. Não vejo porque não renovar. As coisas estão sempre melhorando e não vejo porque deixar a equipe”, completou.
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