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Ferrari no ataque e brasileiros preocupados: 5 perguntas do GP da Espanha

Todos contra Hamilton: inglês venceu três das quatro primeiras provas do ano - Ahmed Jadallah/Reuters
Todos contra Hamilton: inglês venceu três das quatro primeiras provas do ano Imagem: Ahmed Jadallah/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/05/2015 06h00

O GP da Espanha, quinta etapa do Mundial de Fórmula 1, tem uma tradição: por ser a primeira etapa disputada na Europa no ano, é quando as equipes estreiam grandes mudanças em seus carros, gerando a expectativa de que a relação de forças entre os carros mude.

Como o circuito de Montemeló, cidade localizada na grande Barcelona, é usado durante os testes de pré-temporada, pilotos e equipes se adaptam facilmente e é comum ver o grid e a classificação final com os companheiros bastante próximos entre si.

Lewis Hamilton é o líder, com 93 pontos, contra 66 de Nico Rosberg e 65 de Sebastian Vettel. Felipe Massa é o quinto, com 31, e Felipe Nasr é o oitavo, com 14.
Essas características deixam algumas perguntas no ar. Confira o que vai dar o que falar na corrida do próximo domingo:

1. Ferrari e Mercedes devem ter grandes mudanças. Quem vai se sobressair?
O crescimento da Ferrari neste início de temporada fez até com que a Mercedes antecipasse algumas mudanças em seu carro que estavam programadas apenas para a quinta etapa. Porém, mais novidades devem aparecer em Barcelona, enquanto o time italiano promete levar à Espanha seu primeiro grande pacote aerodinâmico do ano.

Depois de vencer na Malásia e de se colocar entre as Mercedes no Bahrein, o time italiano busca melhorar o ritmo, especialmente em classificação, para lutar de igual para igual com os atuais campeões mundiais.

2. Brasileiros vão ficar para trás cm desenvolvimento dos carros?
A evolução dos grandes pode ser uma má noticia para os brasileiros. Afinal, tanto Williams quanto Sauber têm orçamentos inferiores a seus rivais diretos, podendo ficar para trás. O próprio Felipe Nasr admitiu que se sente “no lucro” por ter pontuado em duas das quatro provas disputadas até aqui com uma equipe que não teve nenhum top 10 em 2014 e reconheceu que a Sauber pode perder terreno a partir da Espanha.

Já Felipe Massa pelo menos tem um alento: a Williams evoluiu no comportamento com pneus macios, um dos grandes problemas das primeiras provas. Agora precisa encontrar mais performance para tentar chegar em Mercedes e Ferrari.

3. McLaren vai sair do zero depois do pior começo de ano da história?
Depois de ir pela primeira vez no ano para a segunda fase da classificação e ficar a uma posição dos primeiros pontos do ano no Bahrein, Fernando Alonso disse que aquela etapa seria a última de sofrimento da McLaren. A crença é que o motor Honda evolua bastante com as novidades que serão introduzidas em Barcelona. A equipe também promete novas peças no carro e o chefe Eric Boullier já avisou: 90% do que é testado tem melhorado o rendimento.

4. Com 4 a 0 no placar, Rosberg vai reagir ou vai virar segundão?
Em segundo no campeonato com 27 pontos de desvantagem para Lewis Hamilton e sendo absolutamente dominado pelo companheiro em todas as etapas disputadas, Nico Rosberg chegou a levar um puxão de orelha do presidente não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, na semana passada. O tricampeão das décadas de 1970 e 1980 pediu que o alemão “pare com as explicações complicadas e comece a dizer ‘eu errei’” para ter chances de estremecer o domínio de Hamilton.

A reação precisa vir rápido: o grande risco para o alemão é que a aproximação da Ferrari faça com que a Mercedes opte por usá-lo para proteger Hamilton em uma eventual disputa com Sebastian Vettel. O tetracampeão tem apenas um ponto a menos que Rosberg.

5. Quem vai ser o primeiro a ser punido por estourar cota dos motores?
O número limite de motores para serem usados durante a temporada caiu de cinco para quatro neste ano. A expectativa era de que as quebras diminuíssem na segunda temporada dos motores V6 turbo híbridos, mas não é o que aconteceu.

Espera-se que pelo menos um piloto, Daniel Ricciardo, utilize o quarto motor já na Espanha. Seu companheiro de Red Bull, Daniil Kvyat, e as duplas de Toro Rosso e McLaren também estão pendurados. O regulamento separa o motor em seis partes e cada piloto tem à disposição quatro itens de cada uma delas. Quando o quinto item de algum desses elementos é utilizado, perde-se automaticamente 10 posições no grid de largada.  

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