O motor é menos potente. Mas os carros da Fórmula 1 estão quebrando mais
No segundo ano da complicada tecnologia dos motores turbo V6 híbridos, era de se esperar que as equipes estivessem mais adaptadas ao sistema. Mas o show de quebras que marcou o ano passado – e que estava esquecido há anos na F-1 – continua a pleno vapor nas 10 primeiras provas de 2015.
Em toda a temporada de 2014, que teve 19 GPs, foram 55 quebras no total. Em 2015, após pouco menos de metade do ano completado, as equipes já somam 27 abandonos por problemas técnicos – e outros 10 por acidentes. Ou seja, o nível de confiabilidade não aumentou de um ano para o outro, como era de se esperar. Ainda mais com a possibilidade, aberta nesta temporada, dos fabricantes de motores atualizarem seus equipamentos durante a temporada.
Os números deste ano foram inflacionados pela McLaren, que conta com uma nova fornecedora de motores, a Honda, cuja experiência com o motor V6 é bem menor. Em 10 provas, foram nada menos que 7 quebras para Button e Alonso.
Porém, equipes que usam outros motores também têm sofrido: a Toro Rosso, que utiliza os Renault, já deixou de ver a bandeirada em seis ocasiões por quebras, enquanto a Lotus, mesmo tendo parceria com a poderosa Mercedes, quebrou cinco vezes na temporada.
Para efeito de comparação, em 2013, último ano dos motores V8 aspirados, foram registrados 56 abandonos nas 19 etapas, sendo que metade foi devido a quebras (28) e a outra metade em decorrência de acidentes.
Para complicar a vida dos fabricantes, a segunda metade da temporada tem uma sequência de provas de alta velocidade, começando já na próxima etapa, na Bélgica, dia 23 de agosto. Os GPs da Itália, Rússia e EUA também impõem dificuldades à durabilidade do motor.
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