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Saiba o que mudará nas largadas da F-1 a partir deste final de semana

Novo sistema visa que pilotos fiquem menos dependentes dos engenheiros - REUTERS/Chris Wattie
Novo sistema visa que pilotos fiquem menos dependentes dos engenheiros Imagem: REUTERS/Chris Wattie

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

18/08/2015 06h00

Após as férias de agosto, o campeonato da Fórmula 1 volta neste final de semana com uma novidade que promete movimentar as corridas: um novo procedimento de largada que limita a ajuda que os pilotos podem ter dos boxes.

A novidade faz parte das tentativas de minimizar a influência dos engenheiros nas corridas. O primeiro passo foi limitar as informações sobre o ritmo e ajudas relacionadas a maneiras de poupar o equipamento.

Agora, a partir do GP da Bélgica, os engenheiros não poderão mais fornecer informações que ajudem na configuração das largadas. Elas envolvem três variáveis - embreagem, torque do motor e sensibilidade do acelerador eletrônico – basicamente determinadas por funções controladas no volante. Com a mudança, a expectativa é de que mais pilotos tenham dificuldades nos primeiros metros das corridas.

Problemas para a Mercedes

Essas dificuldades foram importantes para garantir emoção nas últimas provas, uma vez que a equipe dominante da temporada, a Mercedes, vem sofrendo com seu sistema de largada: na Áustria, Lewis Hamilton foi ultrapassado por Nico Rosberg e acabou perdendo a prova; na Inglaterra, as Williams conseguiram pular na frente e, na Hungria, o mesmo aconteceu com as Ferrari, que acabou ganhando a prova com Sebastian Vettel.

Hamilton, que lidera o campeonato com 21 pontos de vantagem para o companheiro Rosberg, reconhece a preocupação. "Será interessante, porque a embreagem varia muito de temperatura nas largadas. Se estiver frio ou muito quente, ela vai fazer muita diferença em termos de quanto torque passa pelas rodas e todas essas coisas. Vai ser interessante ver o quanto isso vai fazer diferença para todos, e, do nosso lado, há uma chance de que o trabalho da embreagem possa ser inconsistente", afirmou o inglês, referindo-se aos problemas das últimas provas.

A mudança não quer dizer, todavia, que todo o procedimento de largada estará nas mãos dos pilotos. As equipes fazem ensaios de largada durante os treinos livres e até antes do GP, no domingo, para prever como a interação entre os diversos fatores que atuam para uma boa largada vai funcionar em determinada prova. Alterações no tipo de pneu, asfalto, emborrachamento da pista e temperatura geram a necessidade de configurações distintas.

Essas informações poderão ser passadas aos pilotos até que eles entrem no carro para a volta de apresentação. Porém, eles não terão as informações finais sobre o que é considerado o 'ensaio geral' da largada, quando partem para a volta de apresentação. Trata-se de um momento fundamental para entender qual a melhor configuração porque todas as variáveis estão exatamente como na largada 'oficial', ao contrário das demais simulações (feitas em outros dias e/ou em outros locais da pista, como na saída dos boxes). Assim, estará nas mãos do piloto fazer os ajustes finais caso ele sinta necessário.

O primeiro teste da nova largada será dia 23 de agosto, data do GP da Bélgica. As atividades para a prova começam com as duas sessões de treinos livres, às 5h e às 9h da sexta-feira, pelo horário de Brasília. Classificação (no sábado) e corrida (no domingo) estão marcadas para às 9h.

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