Dívidas das equipes da F-1 superam R$ 1 bi. Mais da metade é só de um time
Pelo menos seis das dez equipes da Fórmula 1 estão no vermelho de acordo com dados divulgados pela revista Forbes – e a Lotus é, de longe, a maior devedora do grid. No total, as dívidas dos times são de pelo menos 318,3 milhões de dólares – o equivalente a mais de 1,150 bi de reais.
Com débitos no valor de US$ 204,2 milhões, a Lotus responde por pelo menos 64,2% da dívida total. As dificuldades financeiras do time não são novidade. De propriedade do investidor Gerard Lopez, dono da Genii, a equipe chegou a ter seus carros e equipamentos bloqueados após o GP da Bélgica devido a uma pendência judicial com o ex-piloto de testes Charles Pic. Na etapa anterior, na Hungria, Romain Grosjean e Pastor Maldonado perderam tempo de treino por não terem pneus disponíveis após a Lotus atrasar seus pagamentos à Pirelli.
A situação da equipe, que já foi campeã mundial quatro vezes – duas quando se chamava Benetton e outras duas sob o comando da Renault – é tão complicada que sua venda justamente para a montadora francesa é tida como questão de tempo.
Quem também não anda bem das pernas é a McLaren, que acumula perdas de 61,4 milhões de dólares. Sem conquistar um título desde 2008, o time tem sofrido para atrair investidores e atualmente passa por uma fase difícil com a falta de competitividade do motor Honda.
A nanica Manor, que chegou a ir à falência no final do ano passado, mas se recuperou para disputar a atual temporada, também acumula perdas na casa de 33 milhões de dólares. Com débidos acima de 23 milhões, a Force India é outra que enfrenta dificuldades.
Após um grande investimento para se tornar a primeira força do grid, a Mercedes ainda acumula perdas, na casa de 6 milhões de dólares. Porém, a tendência é que isso se inverta a partir deste ano.
De propriedade da Red Bull, a Toro Rosso tem débidos de cerca de 800 mil dólares, enquanto a matriz é uma das poucas equipes que têm lucro, de 700 mil dólares. Após acumular perdas nos últimos anos, a Williams reverteu a tendência, usando os novos patrocinadores conquistados com os bons resultados na pista, além da premiação pela terceira colocação no mundial para fechar o saldo no verde: 11,5 milhões de dólares. Apenas os números de Sauber e Ferrari não foram divulgados.
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