Ecclestone revela ter bancado salários da Lotus para garantir time no grid
A situação financeira da equipe Lotus é tão delicada que o promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, reconheceu ter honrado com a folha de pagamento do time em agosto para evitar que os 400 funcionários do time ficassem sem salário.
A Lotus, cujos débitos superam os 200 milhões de dólares, de acordo com a revista Forbes, chegou a ter os equipamentos bloqueados após o GP da Bélgica devido a uma ação movida pelo ex-piloto de testes Charles Pic e, segundo Ecclestone, não está garantida no GP da Itália. O time negocia sua venda para a Renault, em negócio que deve ser concretizado nas próximas semanas.
“Achei que deveria cobrir os salários das pessoas para me certificar de que eles ficariam bem e de que a Lotus pelo menos chegasse a Spa e, tomara, à Itália”, disse Ecclestone ao The Times. “Mas eles realmente precisam progredir [nas negociações] com a Renault para que tudo fique bem.”
Caso a compra da Lotus pela Renault seja finalizada, ainda restará a dúvida sobre como ficará a situação dos franceses com a Red Bull, que têm a garantia, por contrato, de terem tratamento de equipe de fábrica até o final de 2016.
Os tetracampeões estão em busca de um novo fornecedor de motores e a Mercedes é o principal alvo. Porém, o chefe do time alemão, Toto Wolff, se disse relutante em equipar um rival que, potencialmente, tem dinheiro e recursos para desbancar seu time.
“Nosso carro e nossos sucessos são resultado de um trabalho duro e de grandes investimentos da Daimler”, salientou o austríaco. “Construímos nossa supremacia, enquanto hoje há uma equipe que decidiu que não quer mais permanecer com seu parceiro. É uma filosofia muito diferente da nossa.”
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