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Honda prometeu motor no nível da Ferrari. Mas McLaren ficou mais lenta

TOM GANDOLFINI/AFP
Imagem: TOM GANDOLFINI/AFP

Do UOL, em São Paulo

01/09/2015 06h00

Jenson Button garante que “é perceptível” o ganho de potência do motor Honda após a atualização que estreou no GP da Bélgica, mas os resultados da McLaren mostram que a diferença em relação aos ponteiros aumentou mesmo com a evolução da unidade de potência.

Fazendo sua estreia nesta temporada com a tecnologia dos motores V6 turbo híbridos que as demais montadoras vêm utilizando desde o início do ano passado, a Honda vem tendo uma série de problemas, ficando devendo em termos de confiabilidade e de performance.

Para a etapa da Bélgica, contudo, os japoneses prometeram uma atualização que daria cerca de 45 cavalos ao motor e faria com a McLaren andasse “no nível do motor Ferrari”. Porém, o final de semana da 11ª etapa do campeonato foi especialmente complicado para o time inglês.

As deficiências do motor acabaram ficando mais evidentes em um circuito de alta velocidade como o de Spa. Na classificação, o desempenho foi o pior em relação à pole desde a quinta etapa, na Espanha: o tempo da melhor McLaren esteve a 103,5% da Mercedes.

Outro dado alarmante foi observado nos treinos, quando Alonso chegava ao fim da longa reta com a mesma velocidade que as Mercedes saíam da curva anterior à reta, a Eau Rouge. A diferença de velocidade máxima entre os McLaren e os Mercedes chegou a 15km/h.

Na corrida, Alonso e Button chegaram a ganhar posições na largada após largarem na última fila, mas só chegaram na frente das duas Manor.

Neste final de semana, em Monza, a situação deve ser ainda mais dramática. “Em Monza são só seis curvas em que podemos tentar fazer alguma diferença, o resto é apenas reta. Então vamos sofrer”, prevê Alonso.

Mesmo com a falta de evolução, a chefia da McLaren ainda se diz satisfeita com o trabalho dos japoneses. “Estamos contentes com a Honda e a Honda está contente conosco, mesmo que não estejamos onde gostaríamos”, garantiu Eric Boullier. “Temos de respeitar a cultura. A Honda tem seus próprios planos e temos de nos certificar que o timing deles seja o mesmo que o nosso.”

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