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Explicação da Pirelli sobre falhas nos pneus não convence Felipe Massa

Bryn Lennon/Getty Images
Imagem: Bryn Lennon/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/09/2015 11h30

Após ser criticada pelos pilotos devido aos estouros nos pneus de Nico Rosberg e Sebastian Vettel no GP da Bélgica, a Pirelli revelou nesta quinta-feira o resultado da análise feita em todos os pneus utilizados durante a última etapa da Fórmula 1, concluindo que as falhas ocorreram por uma “excepcional” combinação de fatores e pedindo que a Federação Internacional de Automobilismo tome mais cuidado com a limpeza das pistas.

As explicações, contudo, não convenceram Felipe Massa. Para o brasileiro, culpar os detritos na pista para os cortes não é suficiente. “Não acho que deveria ser comum. Temos detritos em todas as corridas. Em algumas temos mais e em outras, menos. Claro que os pneus deveriam ser fortes o bastante para lidar com isso. Meu pneu teve um corte durante o final de semana. Precisamos entender o que aconteceu”, disse.

Segundo a Pirelli, foram encontrados 63 cortes nos pneus utilizados em Spa, número muito acima da média da temporada, que é de 1,2 por pista, incluindo provas e testes. Segundo os italianos, isso aconteceu porque a pista estava demasiadamente suja e porque o próprio traçado da Bélgica exerce uma força mais significativa que outras pistas na borracha.

Daniel Ricciardo, inclusive, disse que esse tipo de problema “é bem comum” em Spa. “Não sei a diferença em relação ao que é uma bolha e o que é um corte, mas tivemos bolhas [na última corrida]”, revelou o australiano.

Maior crítico da qualidade dos pneus após a bandeirada na Bélgica, depois de ter um pneu estourado a mais de 300km/h, Sebastian Vettel diminuiu o tom das críticas e se disse contente com a “abertura” demonstrada pela Pirelli para entender o que aconteceu. Porém, o alemão cobrou uma solução a longo prazo.

“Não acho que seja aceitável termos um estouro do nada sob alta velocidade e acho que foi isso que eu disse depois da corrida. Não tenho nada a acrescentar. Obviamente o mais importante é progredirmos. Acho que teremos algumas mudanças a curto prazo como na pressão dos pneus, e isso é uma coisa. Acho que precisamos entender direito o que aconteceu a longo prazo.”

Para o GP da Itália, que será disputado neste final de semana, com largada às 9h, a Pirelli deve determinar um aumento na pressão dos pneus para todas as equipes, diminuindo a possibilidade de cortes afetarem a borracha. A pista de Monza é a de maior velocidade média do calendário. A solução não foi apoiada por Lewis Hamilton, líder do campeonato. "Não acho que aumentar as pressões é o certo a fazer e pode ser que eles desistam", afirmou. "Os pneus são feitos para trabalhar de uma forma, se mudarmos isso, usaremos uma parte diferente do pneu, então vamos ter menos aderência e mais desgaste. Será um desastre", previu.

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