Governo da Rússia quer GP noturno. E já negocia contrato que acaba em 2020

Depois de ser uma das cinco provas que sofreram alterações nos horários de largada devido às recomendações do painel que investigou as causas do acidente que resultou na morte de Jules Bianchi no GP do Japão do ano passado, a etapa da Rússia planeja uma alteração mais radical para os próximos anos: tornar-se a quarta corrida noturna do calendário da Fórmula 1.

Atualmente, a prova tem largada às 14h locais (8h pelo horário de Brasília), tendo sido adiantada em uma hora após a determinação de que as corridas tenham pelo menos a garantia de 4h de luz natural após seu início para evitar perdas de visibilidade. No entanto, isso significa que o GP começa às 12h na Inglaterra e às 13h na maior parte da Europa, o que seria prejudicial para a audiência.

Nesta semana, o governo russo anunciou que está negociando a extensão de seu contrato além de 2020 e quer transformar a etapa, que estreou no calendário ano passado, em uma corrida noturna para se tornar mais atrativa.

“No momento, estamos negociando a extensão do contrato, que acaba em 2020, e também pensamos em mudar - tendo em vista que são corridas mais populares - a corrida de Sochi para o período noturno”,  disse o vice-primeiro ministro, Dmitry Kozak.

No entanto, os organizadores acreditam que uma mudança provavelmente só deve acontecer em 2017. Segundo o promotor da prova, Sergei Vorobyov, a adaptação do circuito já para o ano que vem é “improvável”.

Atualmente, as provas do Bahrein, Abu Dhabi e Cingapura são disputadas sob luz artificial.

O GP da Rússia terá classificação às 9h do sábado e corrida às 8h do domingo pelo horário de Brasília. Os treinos livres estão marcados para as 4h e 8h da sexta e 6h do sábado.