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Ferrari desiste de fornecer motores e Red Bull pode sair da F-1, diz site

Do UOL, em São Paulo

09/10/2015 05h45

O futuro da Red Bull na Fórmula 1 parece cada vez mais complicado. Após o rompimento com a Renault e a negativa da Mercedes, agora é a Ferrari que decidiu que não vai fornecer motores aos tetracampeões mundiais na próxima temporada, de acordo com a publicação alemã Auto Motor und Sport.

A decisão seria fruto do temor dos italianos de que a Red Bull poderia ser mais competitiva que o time de Maranello, mesmo que fossem oferecidos motores de 2015, como era o plano inicial. Assim, os dirigentes teriam decidido que forneceriam motores apenas à equipe satélite da empresa austríaca, a Toro Rosso.

O chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene, se queixou do pouco prazo dado à Ferrari para estudar a proposta de ceder motores à Red Bull. "Eles só vieram atrás de nós depois de Monza [no GP da Itália, em setembro]. Se tudo tivesse acontecido por volta de junho, teríamos tido tempo de pensar em uma colaboração. Não é assim que a F-1 funciona", criticou.

Caso a informação seja confirmada, aumenta consideravelmente a chance da Red Bull se retirar da Fórmula 1 ao final desta temporada. O dono da empresa, Dietrich Mateschitz, indicou que uma decisão final será tomada ainda neste mês. De acordo com o chefe do time, Christian Horner, ainda "não há nada decidido e há várias negociações em andamento".

A Red Bull rompeu com a Renault mês passado, descontente com a falta de competitividade do motor francês desde a introdução das unidades de potência V6 turbo híbridas, no início da temporada passada. Porém, de acordo com a Autosport, as negociações entre a equipe e os franceses teria sido reaberta com a negativa da Ferrari. Isso, mesmo depois de Horner ter afirmado que o motor da Renault demoraria "dois a três anos" para estar no nível de Mercedes e Ferrari.

O principal entrave para a saída da Red Bull da categoria, contudo, seria uma multa milionária, na casa dos 100 milhões de dólares por temporada. O acordo foi assinado em 2010 e vale por 10 anos. Ou seja, se a equipe decidir deixar o esporte neste ano, teria de desembolsar 500 milhões de dólares, segundo a imprensa inglesa.

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