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Fórmula 1

Após 'não' da Ferrari, Red Bull admite que pode usar motor Renault em 2016

Mark Thompson/Getty Images
Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

10/10/2015 11h50

Após levar um não da Ferrari e da Mercedes, a Red Bull voltou a acenar com a possibilidade de contar com os motores da Renault na próxima temporada, mesmo após criticar duramente a montadora nos últimos meses devido à pouca competitividade e confiabilidade do equipamento desde que a Fórmula 1 passou a adotar os motores V6 turbo híbridos, no início de 2014.

“Nada está oficialmente terminado com a Renault ainda”, garantiu Christian Horner, chefe da Red Bull. “É difícil ver como podemos continuar, mas isso é Fórmula 1 e nada é impossível. Tudo está em aberto. Tudo mesmo.”

O dono da empresa austríaca, Dietrich Mateschitz, afirmou recentemente que uma decisão sobre o futuro de seus investimentos na Red Bull e na Toro Rosso será tomada até o final deste mês. Enquanto isso, os dirigentes dos times tentam negociar um acordo para ter motores na próxima temporada, uma vez que, mês passado, foi anunciada por ambas as partes o rompimento do contrato atual com a Renault, que iria até o final de 2016.

Nas últimas semanas, porém, a Mercedes negou equipar o time e a Ferrari retirou sua proposta inicial, de fornecer motores de 2015, que havia sido muito mal recebida pelos chefes da Red Bull. A justificativa dos italianos é que eles foram procurados tarde demais para se planejar para a próxima temporada. A empresa cederá motores para a Sauber e para a nova equipe Haas.

“Estamos trabalhando com vários cenários diferentes”, afirmou Horner. “Bernie [Ecclestone] está envolvido muito ativamente também e estamos afim de encontrar uma solução. Precisamos disso. Essa equipe é boa demais para não estar envolvida na Fórmula 1 e obviamente há muitos membros neste time cujo futuro depende dessa decisão. Portanto é importante que ela seja a correta.”

Neste sábado, Ecclestone chegou confiante no paddock de Sochi, dizendo que “está tudo resolvido”, mas se negando a dar mais detalhes. Horner, contudo, afirmou que ainda há algumas questões a serem respondidas.

“Ainda estamos esperando para ouvir quais são os planos da Renault no futuro. Eles vão comprar a Lotus? Eles vão parar completamente? Tudo está no ar.”

Com a quebra de contrato anunciada pela Red Bull mês passado, a Renault havia afirmado que não continuaria na Fórmula 1 apenas como fornecedora de motores, uma vez que não vê o retorno financeiro disso. Assim, ou compraria uma equipe - os franceses assinaram uma carta de intenção para a aquisição da Lotus - ou deixariam completamente a categoria. Não está claro, portanto, se Ecclestone conseguiria fazer a empresa, envolvida no esporte desde a década de 1970, voltar atrás e nem se uma possível continuidade como fornecedora da Red Bull acabaria com as chances de venda da Lotus. Em dificuldades financeiras, é praticamente impossível que o time siga no grid ano que vem caso não encontre um comprador.

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