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Fórmula 1

Alonso defende isolamento da Honda: 'Será duro para os rivais nos copiar'

Clive Mason/Getty Images
Imagem: Clive Mason/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/11/2015 06h00

O péssimo rendimento da Honda em seu primeiro ano do retorno à Fórmula 1 foi uma das marcas da atual temporada e um dos motivos apontados pelo insucesso da empreitada dos japoneses é o fato da maior parte do desenvolvimento do equipamento ser feita na fábrica de Sakura, no Japão, ainda que a empresa também tenha uma sede destinada ao projeto esportivo em Milton Keynes, na Inglaterra.

Mesmo reconhecendo que a distância pode ser um empecilho para o desenvolvimento dos motores no futuro, Fernando Alonso defende que o isolamento é a melhor forma de derrotar a Mercedes, que construiu o melhor motor e vem dominando a Fórmula 1 desde a mudança no regulamento, no início de 2014.

“Pode ser um ponto fraco, mas também pode ser a fórmula vencedora”, defendeu o espanhol. “Eu escolhi isso porque acredito que esta é a fórmula vencedora.”

Alonso acredita que o fato dos engenheiros trabalharem em sua maioria no Japão ajuda na criatividade.

“Se você quiser copiar o que a Mercedes faz, você vai chegar perto deles [em termos de performance], mas nunca conseguirá ser melhor. Estar em outra cultura, outra disciplina e outra ética de trabalho também tenha sido algo difícil neste ano porque parte do processo foi mais lenta do que deveria, mas acho que algumas das ideias que temos são muito únicas do paddock.”

Seguindo essa linha de pensamento, o espanhol espera que, quando o projeto estiver mais maduro, os rivais tenham dificuldade de reproduzir o que a Honda estiver fazendo, justamente devido à distância.

“Se nós conseguirmos fazer essas ideias funcionarem, será difícil para todos os outros nos copiarem.”

Por enquanto, contudo, isso não passa de teoria: a McLaren amarga o nono lugar entre os construtores, à frente apenas da nanica Manor, e vive um ano marcado pela falta de performance e o excesso de problemas técnicos do novo motor, que estreia neste ano, ao contrário das rivais, que lidam com a tecnologia dos motores turbo V6 híbridos desde 2014.

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