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Fórmula 1

5 motivos para Hamilton ter acabado com Rosberg e conquistado o tri em 2015

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

01/12/2015 06h00

As três vitórias seguidas de Nico Rosberg depois que o título já estava decidido serviram para amenizar um pouco os números, mas o domínio de Lewis Hamilton sobre seu companheiro de Mercedes foi inegável em 2015: o inglês marcou 59 pontos a mais, foi melhor em classificação 12 vezes - contra sete do alemão - e chegou na frente em 11 das 17 provas que ambos completaram.

Esta realidade foi bastante diferente do ano passado, quando Rosberg conseguiu levar a luta até a última etapa. Mas o que mudou de lá para cá? Entenda os cinco motivos que fizeram com que o tricampeonato de Hamilton tenha sido o título mais fácil de sua carreira na Fórmula 1.

5 motivos para Hamilton ter acabado com Rosberg em 2015:

1. Classificação: Os treinos de definição do grid foram o grande trunfo de Rosberg sobre Hamilton ano passado, mas isso mudou em 2015. O inglês se mostrou bem mais à vontade com o carro e deixou para trás as travadas de pneus e erros que marcaram várias classificações de 2014. Com isso, largou na frente de Rosberg em 11 oportunidades das 19 corridas disputadas - todas elas quando o campeonato ainda estava aberto - e isso é meio caminho andado para as vitórias.

2. Estratégias da Mercedes: Diferentemente da primeira parte de 2014, quando a Mercedes adotava estratégias que davam boas condições para o piloto que vinha atrás ao menos lutar pela vitória, neste ano o time alemão adotou uma postura mais conservadora. Assim, a maioria das corridas foi decidida na primeira volta: quem estivesse na frente acabava ganhando, porque tinha a melhor estratégia. E como Hamilton fez a maioria das poles, isso facilitou sua vida.

3. Sem erros: É difícil superar um piloto que maximiza os resultados a cada final de semana. E Hamilton fez isso pela maior parte de 2015. A única prova em que o inglês não foi bem foi na Hungria, quando cometeu uma série de erros. Tirando isso, foi absoluto em classificações e corridas.

4. Azar: É fato que, quando Hamilton teve problemas ou fez corridas ruins - como na Hungria e em Cingapura, onde teve seus dois piores resultados do ano, um 6º lugar e um abandono - Rosberg não aproveitou (foi oitavo na Hungria e quarto em Cingapura). Mas também é verdade que estas duas pistas foram aquelas em que a Mercedes teve seu pior desempenho como equipe no ano. Ou seja, quando Hamilton perdeu pontos, também faltou carro para Rosberg.

5. Início arrasador: À medida que Hamilton ia fazendo as poles e vencendo as corridas - e foram oito poles e cinco vitórias nas nove primeiras etapas - ia vencendo a batalha psicológica dentro da equipe. Rosberg tentava de tudo, mas não conseguia superar o inglês. Não coincidentemente, quando estava na liderança no GP dos EUA e poderia ao menos adiar a festa do companheiro, o alemão cometeu um erro que entregou de bandeja o tri.

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