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Mercedes e Ferrari estão controlando as decisões na F-1, alerta Ecclestone

Clive Mason/Getty Images
Imagem: Clive Mason/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/01/2016 10h02

Mesmo com as recentes derrotas políticas para as montadoras, o promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, não desistiu de tentar implementar na categoria motores mais baratos nos próximos anos. O inglês teme que o atual regulamento, que acaba privilegiando as equipes com relações mais próximas às fabricantes de motor, diminua a competitividade e aumente demais os custos.

Nos últimos meses, Ecclestone chegou a propor que a Fórmula 1 abrisse a chance de empresas independentes fornecerem motores mais baratos, usando uma configuração que poderia fazer frente às atuais unidades de potência V6 turbo híbridas. Porém, a ideia não foi aprovada pelas equipes e, com a promessa das montadoras em diminuir o valor cobrado por seus motores, a atual tecnologia teoricamente ficou garantida pelo menos até 2020.

Mas Ecclestone ainda não está satisfeito com este desfecho, pois isso não resolve a questão da competitividade. Desde a introdução destas unidades de potência, apenas equipes consideradas de fábrica - aquelas com parceria mais estreita com as montadoras - venceram na categoria.

“Até que consigamos um motor que possa ser construído com um custo menor, haverá problemas”, previu em entrevista à BBC.

Para o dirigente, o problema é o poder de Ferrari e Mercedes que, juntas, fornecem motores para oito das 11 equipes do grid. “Se tivermos uma reunião da Comissão de F-1 e essas duas empresas decidirem algo, o que eles fazem sempre juntos, eles têm votos suficientes para impedir que qualquer coisa vá adiante, então eles estão controlando a F-1”, disse Ecclestone, antes de reconhecer que “francamente, se eu fosse um deles, estaria na mesma posição.”

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