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Diretor da Mercedes teme Ferrari e vê McLaren-Honda como 'grande ameaça'

Valdrin Xhemaj/EFE/EPA
Imagem: Valdrin Xhemaj/EFE/EPA

Do UOL, em São Paulo

05/02/2016 12h07

Depois de dominar a Fórmula 1 nos últimos dois anos, a Mercedes começa a demonstrar sinais de preocupação em relação aos rivais. Com as restrições ao desenvolvimento dos motores cada vez mais restritas, a expectativa dos alemães é de que a Ferrari e até a Honda se tornem ameaças reais.

Nos últimos meses, duas regras importantes que limitavam a possibilidade dos fabricantes alterarem seus motores foram modificadas: para 2016, foram aumentadas de 25 para 32 as fichas de desenvolvimento e vários itens foram ‘descongelados’, ou seja, não poderiam ser mexidos, mas agora a evolução está liberada. E, para 2017, o sistema de fichas será abandonado e o desenvolvimento será livre.

Segundo Andy Cowell, diretor adminstrativo da divisão de motores da Mercedes, mesmo que os alemães tenham evoluído em relação ao ano passado, a expectativa é de que os rivais cresçam ainda mais.

“Se vermos o que a Ferrari fez nos últimos 12 meses, é louvável”, reconheceu. “As melhoras deles vieram em grande medida da reorganização interna, do entusiasmo. Todos aqui estão pensando ‘como será para nós?’ Ninguém está assumindo que vamos vencer, todos estão pensando que vamos ser batidos pela Ferrari e que a Honda é uma grande ameaça.”

Os japoneses sofreram no ano passado, tendo retornado à F-1 um ano depois da introdução dos motores turbo V6 híbridos. Mas Cowell acredita que os dias de sofrimento acabaram.

“Eles estão aprendendo aos olhos do público, mas estão altamente determinados e são parceiros da McLaren, que também está muito determinada. Sabemos exatamente como a McLaren funciona em termos de ser uma equipe dependente de dados, então eles vão ter enormes ganhos.”

O primeiro ‘encontro’ dos novos carros na pista será nos testes de pré-temporada, que se iniciam dia 22 de fevereiro em Barcelona, na Espanha.

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