Largada é aposta da Ferrari para bater Mercedes no Bahrein. Entenda
Um dos momentos que serão acompanhados com maior curiosidade no GP do Bahrein, segunda etapa do mundial de Fórmula 1, neste domingo, será a largada. Afinal, desde os testes de pré-temporada, a Ferrari vem chamando a atenção nesse quesito, enquanto a Mercedes reconhece que deixou a desejar na primeira prova do ano, na Austrália, quando seus dois pilotos foram ultrapassados facilmente pela dupla ferrarista nos primeiros metros de prova.
Apesar de Nico Rosberg e Lewis Hamilton terem conseguido, muito em função da adoção de estratégias melhores, garantir a dobradinha em Melbourne, acredita-se que essa superioridade das largadas da Ferrari possa complicar a vida do time nas próximas etapas.
Uma novidade no procedimento de largada foi uma das mudanças no regulamento técnico para este ano: além de não poderem receber instruções de última hora via rádio sobre as configurações de embreagem, os pilotos agora têm apenas uma alavanca, ao invés das duas usadas até o ano passado.
Essa alteração tira parte da automação do procedimento de largada e faz com que o piloto precise ter mais sensibilidade para identificar o ponto exato da embreagem para colocar a primeira marcha e acelerar sem que as rodas patinem.
Além disso, as próprias equipes tiveram de adaptar seus mecanismos, e seria nesse ponto que a Ferrari teria saído na frente, adotando um tipo de alavanca que ajuda o piloto na hora de encontrar o chamado bite point.
Esse ponto de embreagem é extremamente sensível na F-1, variando de acordo com o tipo de pneu usado, a aderência e temperatura do asfalto, as rotações e mapeamento do motor, entre outros. Ele é calculado pelos engenheiros em simulações feitas durante todo o final de semana mas, devido a estas variáveis, é possível que as condições estejam diferentes na hora da largada.
É aí que entra a importância da sensibilidade de cada piloto, lembrando que os times estão proibidos de dar informações sobre esse procedimento após o último e mais decisivo ensaio, quando os carros partem para a volta de apresentação. É neste momento em que os pilotos têm de avaliar se as rodas patinaram e alterar seu procedimento caso sintam a necessidade.
Após o GP da Austrália, o diretor técnico da Mercedes Paddy Lowe afirmou que os procedimentos da equipe seriam revistos para o GP do Bahrein. “Nossas largadas não foram boas durante todo o final de semana. Provavelmente isso aconteceu por uma série de fatores combinados”, afirmou.
A prova se o time conseguiu resolver o problema será ao meio-dia do domingo. As atividades de pista começam com os treinos livres às 8h e às 12h da sexta-feira pelo horário de Brasília. A classificação será ao meio-dia do sábado.
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