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Chefão da F-1 chama pilotos de interesseiros: 'Só querem ganhar dinheiro'

Peter Kneffel/AFP
Imagem: Peter Kneffel/AFP

Do UOL, em São Paulo

04/04/2016 11h36

A recente revolta demonstrada pelos pilotos com o atual estado da Fórmula 1 não vem agradando o chefão da categoria, Bernie Ecclestone. Para o dirigente, não é papel deles dar opiniões sobre como o esporte deveria ser dirigido.

“Qual é o interesse dos pilotos além de tirar dinheiro do esporte? Nunca vi nenhum deles investir nenhum dólar. Você vai jantar com eles e eles sequer pagam a conta. Não deveria ser permitido que eles falassem. Eles deveriam entrar no carro e pilotar.”

Nas últimas semanas, liderados pelos campeões do mundo, os pilotos têm feito uma série de críticas à Fórmula 1, que vão desde à necessidade de poupar equipamento durante as corridas, impedindo que eles forcem o ritmo o tempo todo, até a decisão unilateral da FIA de mudar o sistema de classificação.

Por meio de sua associação, a GPDA, os pilotos chegaram a formalizar suas reclamações em uma carta, pedindo mudanças na forma como as alterações nas regras são feitas e pedindo para ter maior participação.

Para o dirigente, a solução para os atuais impasses da categoria é simples: retirar as equipes do processo decisório. “Talvez o que devêssemos fazer é permitir que a FIA escrevesse as regras e perguntar se as equipes querem entrar no campeonato. Não deveríamos pedir a opinião deles, só se eles querem entrar no campeonato.”

Atualmente, o chamado Grupo de Estratégia, no qual a FIA, Ecclestone e as cinco melhores equipes do campeonato têm direito a voto, é quem define a maior parte das regras. Quando existe a necessidade de mudar algo durante a temporada, como no caso do atual impasse a respeito do treino classificatório, é necessário ter unanimidade entre todas as equipes.

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