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Saga da nova classificação continua. E treino da F1 pode mudar de novo

Hamilton comemora pole position no GP do Bahrein - Lars Baron/Getty Images
Hamilton comemora pole position no GP do Bahrein Imagem: Lars Baron/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

04/04/2016 06h00

Após mais uma chuva de críticas na segunda prova em que foi adotado um sistema de ‘dança das cadeiras’ na classificação da Fórmula 1, os dirigentes da categoria não conseguiram chegar a um consenso sobre a substituição do formato, estendendo a novela para a próxima etapa, na China, daqui a duas semanas.

A exemplo do que já havia acontecido após a classificação da Austrália, os chefes de equipe se reuniram no paddock no Bahrein com o presidente da FIA, Jean Todt, o promotor Bernie Ecclestone e o representante da Pirelli, Paul Hembery, para decidir o que fazer com o formato.

A maior parte dos times quer o retorno ao sistema usado até o final do ano passado, mas os dirigentes se recusam a voltar atrás. Tanto, que uma terceira possibilidade - dois treinos com tempos agregados, algo que chegou a ser usado por algumas etapas em 2005, antes de ser abandonado devido à ineficiência - começou a ganhar força.

“Eles disseram que voltar para o formato de 2015 não era aceitável porque ele não era bom o bastante”, revelou o chefe da Mercedes, Toto Wolff, um dos mais descontentes com o impasse.

No formato que está atualmente em vigor, os pilotos são eliminados a cada 90s a partir de determinado tempo em cada uma das três fases da classificação - Q1, Q2 e Q3. Porém, tanto na Austrália, quanto no Bahrein, como o número de jogos de pneus é limitado, os pilotos optaram por não permanecer na pista tentando melhorar seus tempos, esvaziando as sessões. Em ambas as ocasiões, por exemplo, o pole position foi conhecido mais de três minutos antes do fim do treino.

“A FIA tem de aparecer com uma proposta bem pensada”, defendeu Claire Williams. “Tomara que seja uma solução que funcione para todos e que seja fácil para os fãs entenderem, além de fazer com que tenhamos mais carros na pista.”

Christian Horner, da Red Bull, salientou que é importante que se chegue a um consenso, uma vez que o formato atual não pode se perpetuar. “A questão é que, se não chegarmos a um acordo, vamos ficar travados com o que temos agora e todos concordam que isso não está certo.”

O grande obstáculo para a solução do impasse é a necessidade de unanimidade para alterar uma regra que está em vigor na temporada atual.

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