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Para chefe de nova sensação do campeonato, a Fórmula 1 tem muito chororô

Jared C. Tilton/Getty Images
Imagem: Jared C. Tilton/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/04/2016 04h54

A equipe Haas vem tendo a estreia dos sonhos na Fórmula 1, com dois top 6 nas duas primeiras etapas do campeonato. No entanto, o modelo de negócio do time, que aproveita todas as brechas no regulamento para terceirizar peças e serviços, vem gerando críticas entre os profissionais da categoria.

O problema da abordagem da Haas, que tem uma estreita parceria com a Ferrari - fala-se em 70% do carro produzido e desenvolvido dentro da fábrica italiana - seria sua descaracterização como um construtor, algo intrínseco à história da Fórmula 1.

Porém, para o chefe da equipe, Gene Haas, isso não passa de choro de perdedor.

“Acho que de certa forma há muitos chorões na Fórmula 1, que falam de nosso sucesso”, disse o norte-americano. “Mas estamos aqui disputando com vocês. Se um piloto consegue descobrir como fazer uma curva e superar outro, todos achamos que ele é genial. Somos iguais: descobrimos quais são os desafios, fomos à pista e dissemos ‘podemos fazer isso’.”

O dirigente disse não entender as críticas. “Não sei do que eles estão reclamando. Estamos correndo ‘na casa’ deles. Se eles não conseguirem entender, eles têm um problema.”

Para Haas, não faz sentido criticar o modelo de sua equipe, uma vez que a grande maioria dos times compra alguma parte de seu carro, como o motor e câmbio, por exemplo.

“Vamos esclarecer uma coisa: só há dois construtores nessa categoria e são Ferrari e Mercedes. Eles desenham seus carros e motores e fazem provavelmente 90% de suas peças dentro de suas fábricas. Todos os outros compram um componente importante, o motor de outro fornecedor.

Então estes outros nove times são basicamente como nós. Só temos uma porcentagem maior [do que é terceirizado].”

O dirigente finalizou dizendo que a Haas não chegou na Fórmula 1 para andar no fundo do pelotão e avisou: “Não vamos embora e é melhor que os outros se acostumem com isso. Se as pessoas não gostarem, é problema delas.”

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