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Como Nico Rosberg conseguiu sequência que só campeões tiveram na F-1?

Johannes Eisele/AFP
Imagem: Johannes Eisele/AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

20/04/2016 06h00

Os números dizem que Nico Rosberg venceu as três primeiras etapas do campeonato, algo que apenas campeões do mundo conseguiram fazer até hoje, e abriu uma vantagem considerável no campeonato: são 36 pontos de vantagem em relação ao próprio companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton.

Porém, o inglês vem tentando desqualificar a sequência do alemão, argumentando não ter tido a chance de lutar de igual para igual com Rosberg em nenhum momento neste ano. “Nico não é mais rápido que eu”, vem dizendo. E tem sua parcela de razão. Da mesma forma que o campeão das últimas duas temporadas teve vários contratempos nas três etapas disputadas até aqui, o companheiro teve o mérito de aproveitar as oportunidades.

Na Austrália, primeira etapa do campeonato, tanto Rosberg quanto o pole Hamilton largaram mal, mas o inglês levou a pior e perdeu mais posições, conseguindo chegar em segundo. Aproveitando uma falha estratégica da Ferrari, o alemão venceu a primeira.

Na etapa seguinte, Hamilton mais uma vez largou na pole, mas perdeu terreno nos primeiros metros. No meio do ‘bolo’ na primeira curva, foi tocado por Valtteri Bottas - em acidente pelo qual o finlandês foi punido - e correu com um carro danificado para chegar em terceiro. Enquanto isso, Rosberg assumiu a liderança na primeira curva e liderou de ponta a ponta.

O GP da China já começou com uma decepção para Hamilton, que sabia mesmo antes do início dos treinos livres que perderia cinco posições no grid devido à troca do câmbio. A situação só piorou quando o inglês teve um problema no sistema de recuperação de energia do motor logo na primeira fase da classificação, ficando em último no grid. No meio do pelotão na primeira curva, mais uma vez foi tocado, desta vez por Felipe Nasr, e correu com o carro danificado. Para piorar um pneu avariado atrapalhou sua estratégia e o inglês terminou em sétimo.

Sabendo dos problemas que teve até aqui, Hamilton se mantém confiante. Mas sabe que esta tendência não pode continuar por muito tempo. “Sei que vamos nos recuperar em algum momento. Quando? Ninguém sabe. A questão é que não tenho mais coringas para jogar.”

Rosberg, por sua vez, fez questão de tirar a importância das estatísticas que dizem que um piloto nunca perdeu um campeonato após um início tão positivo. “Essa é a temporada mais longa da história”, lembrou. “Faltam 18 provas ainda. Não faria sentido tirar conclusões prematuras. Vamos esperar para ver.”

O próximo round da disputa entre os dois será no GP da Rússia, circuito em que Hamilton está invicto, dia 1º de maio.

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