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Hamilton se revolta com proteção de cockpit: "Porcaria de escudo de choque"

Divulgação/Red Bull
Imagem: Divulgação/Red Bull

Do UOL, em São Paulo

28/04/2016 12h30

Nem mesmo a proteção de cockpit no estilo de avião de caça, que a Red Bull vai testar nesta sexta-feira no GP da Rússia, convence Lewis Hamilton de que a Fórmula 1 deve aumentar a segurança na região da cabeça dos pilotos. O inglês criticou a solução e reiterou seu desejo de continuar correndo com o cockpit aberto.

“Se eles vão fazer isso, que feche o cockpit de uma vez”, disse Hamilton em coletiva de imprensa nesta quinta-feira em Sochi, que recebe a quarta etapa do campeonato. “Não façam as coisas pela metade. Ou faz direito, ou não faz. Essa tela é horrível, parece uma porcaria de escudo de choque. Aí teremos um carro de F-1 futurista, elegante, com um escudo de choque em cima”, criticou.

A FIA está decidida a usar algum tipo de proteção no cockpit, ao mesmo tempo em que estuda mudanças no regulamento para deixar o visual dos carros mais agressivo a partir de 2017. A opção da Red Bull será a segunda a ser testada, depois do chamado halo ter sido usado pela Ferrari na pré-temporada e ter sido alvo de muitas críticas.

“Aquele outro sistema era obviamente bom, mas Fernando [Alonso] não conseguiria sair do carro potencialmente em seu acidente em Melbourne. Tirando isso, é bom ver a FIA levando a segurança a sério.”

No entanto, mesmo reconhecendo a importância de melhorar a segurança, Hamilton acredita que qualquer barreira no cockpit seria ir longe demais.

“Quando eu entro no carro, eu sei que há um perigo. É um risco que quero assumir e é assim com todos os pilotos. Quando criança, você vê um carro de F-1 e pensa ‘esses caras são loucos, poderiam morrer a qualquer momento’. Todo mundo quando começa a ver F-1 vem me dizer que é perigoso. É uma grande parte da razão pelas pessoas gostarem”, defendeu.

Hulkenberg se rende
Outro grande crítico das proteções no cockpit, Nico Hulkenberg se mostrou menos resistente à solução apresentada pela Red Bull.

"A proteção ao cockpit é algo que vai acontecer, é uma realidade, não adianta lutar contra isso. Então é bom já testarmos tudo de uma vez. Acho que é inevitável a instalação de algo no carro, então acho que essa da Red Bull vai ser minha opção favorita", afirmou em entrevista coletiva em Sochi, apesar de ter sua ressalvas.

"Sempre vão surgir algumas coisas que precisaremos analisar. A chuva é uma delas, acho que em alta velocidade vai atrapalhar um pouco, capaz de acumular água. Nos boxes, acho que a equipe vai poder dar uma limpada, mas na pista não sei como vai ser. É algo a ser pensado.”

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