Pilotos se divertem mais em corridas 'chatas' para os fãs, opina Massa
De um lado, o prazer os pilotos. Do outro, a ação na pista. Os dois últimos GPs da Fórmula 1 mostraram como os pneus podem ser decisivos para o desenrolar das provas - e deixam a categoria em dúvida sobre que caminho seguir daqui em diante. Na China, a categoria bateu o recorde de ultrapassagens, em uma corrida muito movimentada devido ao alto desgaste de pneus. Já na Rússia, os pilotos comemoram o fato de poderem ter forçado mais, mas a prova teve menos alternativas, como explicou Felipe Massa.
“Na Rússia, o desgaste de pneus foi muito pequeno, e isso gerou reações diferentes. Acho que pudermos ver dois tipos de filosofias de pneus agora, e cada uma delas agrada um grupo”, avaliou em sua coluna no site Motorsport.
“Do ponto de vista dos pilotos, quando há muita degradação, tenho de dizer que as corridas ficam menos emocionantes. Você acaba focando em outros aspectos, e não apenas na luta com os outros carros, e acaba se tornando quase um engenheiro dentro do carro. Acho que isso dá menos satisfação aos pilotos, ainda que, para quem está assistindo, o show seja mais emocionante, como vimos no GP da China.”
Duas semanas depois, com o baixo desgaste de pneus na pista de Sochi, o cenário mudou bastante, com a maioria dos pilotos completando a prova com apenas uma parada. Com o rendimento mais próximo dos pneus, ficou mais difícil ultrapassar.
“Sochi foi um tipo de corrida diferente porque ultrapassar era difícil. Na corrida, não vimos muitas paradas e as estratégias foram virtualmente as mesmas para todos. Quando é assim, os pilotos podem forçar 100%, mas paradoxalmente isso significa que o show não é tão bom.”
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