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Fórmula 1

Button alivia críticas a jovens pilotos e culpa cobrança dos dirigentes

AP Photo/Eduardo Verdugo
Imagem: AP Photo/Eduardo Verdugo

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

02/07/2016 06h49

Jenson Button retificou os comentários feitos em entrevista a UOL Esporte sobre os erros de pilotagem dos pilotos jovens que estão chegando na Fórmula 1. Procurado pela reportagem em Spielberg, na Áustria, onde disputa a nona etapa do campeonato, o inglês mudou sua versão e disse que sua crítica não é aos pilotos, e sim contra quem gere suas carreiras.

Na entrevista, realizada no final de semana do GP do Canadá, Button foi bastante duro em relação aos jovens pilotos. "Sinto que há muitos pilotos que precisariam ter aprendido mais do que aprendem antes de chegar na F-1. Eles são muito erráticos. É como assistir a uma fórmula desespero. Eles erram muito", disse.

"Esse tipo de comportamento já deveria ter acabado quando um piloto chega na F-1. Nesse momento da carreira, você já deveria ser inteligente o suficiente para saber o que precisa fazer com o carro, a maneira como você disputa posições."

O inglês de 36 anos inclusive sugeriu na ocasião que seus pares aprendessem com o heptacampeão Schumacher, para ele um exemplo de piloto ao mesmo tempo agressivo e inteligente.

“Esses pilotos novos precisam assistir mais corridas do Michael porque ele era duro, sempre transparecia como um piloto que disputava de maneira muito dura, mas também era muito correto na maneira como disputava." 

Em Spielberg, após ouvir novamente o áudio da entrevista, que não pode ser publicado pelo UOL Esporte devido a restrições da própria Fórmula 1, o piloto mudou sua versão. “Os pilotos jovens hoje não passam tempo suficiente nas categorias menores e acabam tendo comportamentos que deveriam ter ficado para trás antes. Muita pressão é colocada neles para que acertem tudo logo no primeiro ano”, disse.

“Mas é a oportunidade que eles têm. Se você pergunta para um cara de 17 anos, como o Verstappen: você quer ir para a F-1?’, claro que ele vai dizer que sim. Eu também diria. Inclusive eu sou um exemplo de piloto que não estava pronto quando eu cheguei na F-1.”

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