GP da Alemanha é teste de fogo para Rosberg. E para o futuro do país na F-1

A 12ª etapa do campeonato da Fórmula 1, que será disputada neste final de semana, em Hockenheim, será um teste importante tanto para Nico Rosberg, que corre em casa, quanto para a própria etapa, uma das mais ameaçadas do calendário.

Rosberg viu sua vantagem de 43 pontos no campeonato se acabar em seis etapas, desde que começou a reação de Lewis Hamilton. O inglês tomou a liderança da tabela no último final de semana, na Hungria, e agora está seis pontos à frente. Nico, contudo, diz que continua “com a abordagem de pensar corrida após corrida” e negou preocupação em relação à campanha por seu primeiro título.

Do lado de Hamilton, apesar do bom momento, existe a preocupação em relação à necessidade de troca do motor em pelo menos uma das 10 etapas restantes, o que implicaria em punição, uma vez que o inglês teve vários problemas no início do ano e já está usando a última unidade de potência disponível. “Temos de escolher a pista certa para que eu tenha o menor prejuízo possível, mas já seria uma prova que eu sei que seria difícil de vencer”, reconheceu o inglês.

As punições que Hamilton sofrerá, contudo, ficarão para a segunda metade da temporada. Na Alemanha, portanto, o inglês tem a chance de aumentar sua vantagem na liderança do campeonato.

Trata-se de uma chance, também da prova alemã se firmar novamente no calendário. Disputado no sistema de rodízio entre os circuitos de Hockenheim e Nurburgring nos últimos anos, o GP ficou de fora na temporada passada devido aos problemas financeiros da segunda pista, e volta para Hockenheim neste final de semana com o temor de mais um prejuízo, como o observado em 2014, na última vez que a prova foi disputada no circuito do sul da Alemanha.

Os prognósticos não são animadores desde que a prova mais próxima, na Áustria, apresentou queda significativa de público pelo segundo ano seguido, atraindo apenas 55.000 pessoas no domingo.

Com Rosberg estando longe de ser um ídolo em sua terra natal, a esperança dos organizadores é que a torcida holandesa de Max Verstappen, que vem comparecendo em peso nos últimos anos, ajude na venda de ingressos.

Os organizadores têm sido muito pressionados por Bernie Ecclestone, que vem colocando o futuro do GP em dúvida. O promotor quer que Hockenheim se torne a casa definitiva da prova, mas tem ouvido que “2017 é a vez de Nurburgring”. Isso porque a pista que vai receber a etapa deste final de semana teme não conseguir absorver os prejuízos caso promova GPs anualmente.

As atividades para o GP da Alemanha começam com as duas sessões de 1h30 de treinos livres, a partir das 5h e das 9h da sexta-feira pelo horário de Brasília. A classificação será às 9h do sábado, mesmo horário da corrida, no domingo.