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As 4 regras que já ficaram pelo caminho após 12 GPs disputados em 2016

Massa foi um dos que trocou o desenho do capacete ao longo do ano - Reprodução/Twitter
Massa foi um dos que trocou o desenho do capacete ao longo do ano Imagem: Reprodução/Twitter

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Barcelona (ESP)

23/08/2016 06h00

A temporada de 2016 da Fórmula 1 começou com quatro novidades nas regras. Com pouco mais da metade das 21 etapas disputadas, contudo, três delas já ficaram pelo caminho - e uma que estreou ano passado também não tem sido levada muito a sério.

Não por acaso, os pilotos andam reclamando bastante do processo unilateral de tomada de decisões da FIA, que vem sendo obrigada a voltar atrás depois que suas mudanças não têm o efeito desejado. “Quando uma decisão não funciona, falta clareza de quem está fazendo as regras porque não é legal ter de ficar voltando atrás em qualquer tipo de coisa. E isso já aconteceu muitas vezes nos últimos anos”, criticou Felipe Massa ao UOL Esporte.

As últimas regras que mudaram foram a restrição da comunicação via rádio e a maior dureza na aplicação de penas para quem sai dos limites de pista, mas as alterações começaram logo no início da temporada. Relembre:

1. Classificação com eliminação:
“Porcaria” talvez tenha sido o adjetivo mais leve usado em relação ao treino classificatório que durou apenas duas etapas. O sistema de eliminação a cada 90s deveria aumentar a emoção, mas só fez com que o grid fosse definido minutos antes do final, por não haver tempo, pneus e combustível para dar uma volta a mais. No GP da China, terceira etapa, a F-1 voltou à classificação antiga.

2. Capacetes fixos:
Depois de Sebastian Vettel marcar época com um capacete novo a cada vitória nos anos de tetracampeonato, a FIA acabou com a festa e determinou que os pilotos não poderiam mudar mais os desenhos dos cascos. O próprio alemão, contudo, fez algumas alterações em 2015 e a federação fez vista grossa. A partir deste ano, pelo menos uma mudança está permitida. Mas Vettel, por exemplo, já usou pelo menos quatro variações, ainda que sutis.

3. ‘Lei da mordaça’ no rádio:
A ideia era deixar os carros totalmente nas mãos dos pilotos, sem a ajuda dos engenheiros durante as provas. Porém, a complexidade do equipamento acabou gerando situações em que ficou difícil até para a FIA justificar a regra que impedia a comunicação, algo que foi banido a partir do GP da Alemanha. “Não vamos ter mais punições bobas e será mais fácil para os comissários, que não terão de ficar prestando atenção nas conversas de rádio durante a corrida”, comemorou Vettel.

4. Linha dura com limites de pista:
Uma das promessas da temporada 2016 se mostrou mais difícil do que parecia. A FIA chegou a anunciar “tolerância zero” a saídas de pista e até colocou sensores iguais aos utilizados para monitorar as largadas nas áreas de escape, mas decidiu relaxar novamente as regras. Entre os pilotos, a opinião geral é de que é fácil garantir que todos permaneçam dentro da linha branca que delimita a pista: é só fazer zebras que os façam realmente perder tempo.

Com tantas mudanças, a única mudança mais marcante que permanece em vigor é o sistema mais manual e sem interferência dos engenheiros para as largadas.

Após a tradicional pausa do mês de agosto, que marca as férias de verão na Europa, a F-1 volta dia 28 com o GP da Bélgica. 225 pontos estão em jogo nas nove etapas restantes do campeonato.
 

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