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O que esperar do GP: pneu 'errado' promete complicar corrida da Malásia

Com tática melhor, Ferrari bateu a Mercedes na corrida do ano passado - MANAN VATSYAYANA/AFP
Com tática melhor, Ferrari bateu a Mercedes na corrida do ano passado Imagem: MANAN VATSYAYANA/AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Sepang (Malásia)

01/10/2016 15h00

As Mercedes apostam no composto médio. As Red Bull, no macio. As Williams sequer testaram o duro. E os pilotos da Ferrari só têm uma certeza: os pilotos do top 10 vão largar com os macios e, em algum ponto da corrida, vão colocar o duro. O novo asfalto do circuito de Sepang promete ser o grande inimigo dos estrategistas na corrida que começa às 4h da manhã.

São duas as grandes questões: como será a evolução da pista, com a expectativa de que a temperatura esteja mais baixa do que na sexta-feira, quando os times fizeram sua simulação de corrida, e a obrigação do uso do composto duro, que não foi o preferido das equipes.

“Está claro que todos [no top 10] têm de usar o composto duro e começar a  corrida com o macio. O médio não foi o preferido de muitos, mas a temperatura de pista pode mudar isso”, explicou o chefe da Mercedes, Toto Wolff. De fato, metade do grid, incluindo os líderes do campeonato, que fecharam a primeira fila do grid, e a Ferrari, que larga em quinto e sexto, guardou pneus médios novos para a prova.

A Red Bull, por sua vez, aposta nos macios. “No momento, diria que será uma corrida confortável  para duas paradas porque todos vão usar o pneu duro e ele consegue dar umas 20 e poucas voltas. Eu tenho mais pneus macios que os demais e isso pode nos ajudar. Acho que estamos em uma posição muito boa”, explicou Daniel Ricciardo, que larga em quarto, atrás do companheiro Max Verstappen.

Perguntado pelo UOL Esporte se o plano da Red Bull seria usar dois jogos de pneus macios e terminar a corrida com os duros, Ricciardo riu e disse: “Diria que é bem por aí.”

Já a Sauber não se deu bem com o pneu duro e deve evitar usá-lo por muitas voltas na corrida. “Não sei se deixaremos para o final. O fato é que é um pneu claramente mais lento então temos de tentar ficar pouco tempo com ele. Lógico que, dependendo do carro, pode haver uma interação melhor, mas no nosso caso é um pneu que não funciona”, disse Felipe Nasr ao UOL Esporte.

No caso da Williams, nem isso o time sabe. Afinal, a programação era que Felipe Massa faria a simulação de corrida com o composto obrigatório do final de semana, mas um problema no duto de freio fez com que o brasileiro não cumprisse o programa. “Se for uma parada, você tem de sair do macio para o duro e tentar ir até o final. Mas nós vamos totalmente no escuro para a corrida”, reconheceu o brasileiro, que larga em décimo.

A tática descrita por Massa é o que a maior rival da Williams, a Force India, deve tentar fazer neste domingo. “Nosso ritmo de corrida é bom, mas o deles também parece ser muito forte. Será uma briga bastante intensa entre nós”, disse Massa, cujos rivais largam no oitavo e nono lugares. 

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