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Tática diferente da Mercedes e 'bordoada' na Williams: o que esperar do GP

Tony Gutierrez/AP
Imagem: Tony Gutierrez/AP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

23/10/2016 06h00

As Mercedes não apenas dominaram a definição do grid de largada para o GP dos Estados Unidos, que tem largada às 17h pelo horário de Brasília, como também se deram ao luxo de terem à disposição os melhores pneus para começar a prova. Ainda assim, a Red Bull não descarta colocar pressão em Lewis Hamilton, que larga na pole, e Nico Rosberg, que sai do segundo posto - e, para isso, deve dividir as estratégias entre seus pilotos.

Hamilton, que busca diminuir a vantagem de 33 pontos que Rosberg tem na ponta da tabela, confia que a largada, que tem sido seu ponto fraco nesta segunda metade do campeonato. Para ele, não será um problema em Austin, uma vez que tudo correu bem nos ensaios feitos até agora, que servem para prever a aderência que o piloto encontrará quando as luzes vermelhas se apagarem.

Porém, mesmo com uma largada boa, ele e Rosberg estarão vulneráveis ao ataque de Daniel Ricciardo, único do top 4 que larga com os pneus supermacios, mais aderentes. “Espero encontrar uma aderência amiga quando largar”, disse o piloto da Red Bull. Ao longo da prova, no entanto, o australiano não espera ter ritmo para lutar com as Mercedes. “Não estamos tão perto deles, mas devemos ter uma boa batalha com a Ferrari.”

Largando ao seu lado, seu companheiro Max Verstappen optou por estratégia semelhante à das Mercedes e também larga com o pneu que deve ser melhor para a corrida.

Mais atrás, Vettel se mostrou surpreso com a lentidão “em todos os setores da pista” na classificação, mas afirmou que “com a largada e uma estratégia diferente, podemos ganhar algumas posições, pois o ritmo de corrida é bom”. O alemão larga em sexto, atrás também do companheiro Kimi Raikkonen.

Williams x Force India
Na briga pelo quarto lugar no mundial de construtrores - e pelas últimas vagas no top 10 - a Williams saiu mais uma vez desanimada do embate com a Force India, mesmo tendo batido um dos carros da equipe, de Sergio Perez.

“Ver o tempo deles foi como uma bela bordoada no dedão do pé”, definiu Felipe Massa, citando a marca de Nico Hulkenberg, sétimo no grid e meio segundo mais veloz que o oitavo, Valtteri Bottas. O brasileiro larga em nono e acredita que também estará exposto à possibilidade de Perez, que larga em 11º, fazer uma estratégia diferente, uma vez que pode escolher com qual composto vai começar a prova. Por ter feito o Q2 com o supermacio e passado para a última parte da classificação, o brasileiro e seu companheiro, assim como Hulkenberg, têm de largar com o pneu de maior desgaste.

“Nas outras corridas, estávamos largando com um pneu mais duro e novo, então desta vez dificulta a tentativa de fazer uma parada a menos. Por isso vamos tentar fazer a melhor estratégia olhando os pneus que a gente tem.”

Outro que está confiante de que pode usar a estratégia para ganhar posições - e superar as Williams - é Fernando Alonso, que larga em 12º.

“Podemos terminar entre o sétimo e oitavo lugares. Afinal, quem estiver com os pneus macios no começo vai passar quem estiver com os supermacios na volta 5 ou 6”, previu o espanhol.

A expectativa da Pirelli é de que os pilotos que largam com pneus supermacios tenham de parar perto da volta 10 e quem começa a prova com os macios deve chegar até o 20º giro. O pneu médio também pode ser usado neste final de semana.

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