Troca-troca entre Mercedes e Williams pode ir além da contratação de Bottas
A Williams se tornou alvo de investidas da Mercedes após Valtteri Bottas surgir como o principal candidato a substituir Nico Rosberg, que anunciou a aposentadoria após conquistar o título da última temporada. Mas o time inglês também pode tirar uma peça importante dos atuais tricampeões mundiais: o diretor técnico, Paddy Lowe.
Há meses a saída de Lowe é cogitada e, nos últimos dias, aumentaram os rumores de que a Williams, equipe na qual começou na Fórmula 1, no final da década de 1980, seria seu destino. O engenheiro, uma das peças fundamentais para o sucesso da Mercedes nos últimos anos, tem contrato até o final de dezembro e ainda não renovou. Acredita-se que o britânico demande, além de um aumento salarial, mais poder decisório dentro da equipe, que tem ainda dois chefes: Toto Wolff do lado administrativo e Niki Lauda, cuja função é de presidente não-executivo, servindo como uma espécie de consultor todo-poderoso na equipe.
Ao mesmo tempo, a Mercedes não se vê obrigada a aceitar as demandas de Lowe, uma vez que outro engenheiro de ótima reputação, James Allison, está livre no mercado a partir de julho do ano que vem, depois que acaba o período em que não pode trabalhar em nenhum time devido ao acordo com a Ferrari, equipe da qual foi demitido em meados deste ano. Allison viveu a repentina morte da esposa, no início de 2016, e teve de retornar à Inglaterra para cuidar dos três filhos, o que impediu sua continuidade na Scuderia.
A Williams, por sua vez, estuda um substituto para Pat Symonds, que inicialmente deixaria o time ao final da atual temporada, mas concordou em ficar mais um ano. Aos 63 anos, o engenheiro está perto de se aposentar.
O time de Grove foi a porta de entrada de Lowe na Fórmula 1, na época como um especialista na parte eletrônica do carro. Com o sucesso dos modelos que dominaram a categoria em 92 e 93, muito em função de seu trabalho, em conjunto com o projetista Adrian Newey, Lowe foi para a McLaren, onde também colecionou títulos no final da década de 1990. Desde 2013, o britânico de 53 anos está na Mercedes.
A negociação de Lowe, contudo, não deve ter nenhum impacto na possível liberação de Bottas para a Mercedes, uma vez que, como o contrato do engenheiro acaba em dezembro, a equipe alemã não pode usá-lo como moeda de troca com a Williams, tendo de oferecer outras regalias, como um desconto generoso para fornecer motores.
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