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Fórmula 1

Williams diz que Massa pode voltar à F-1 caso Bottas feche com a Mercedes

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

20/12/2016 13h09

A confirmação do retorno de Felipe Massa à Fórmula 1, meses após anunciar sua aposentadoria, depende diretamente da decisão da Mercedes contratar Valtteri Bottas para o lugar de Nico Rosberg. Por conta disso, o contrato oferecido ao brasileiro só tem validade caso a vaga em seu ex-time seja efetivamente aberta. Como o time alemão ainda vive discussões internas para decidir se tira o finlandês da Williams, em uma negociação milionária, cabe à cliente esperar os próximos passos da equipe tricampeã mundial.

Massa teria aceitado uma proposta de retornar, mas isso não o confirma no grid do ano que vem. A desistência de sua aposentadoria foi um pedido endossado pelos próprios engenheiros da Williams, que queriam um piloto experiente para ser companheiro do novato Lance Stroll em um ano de extensa mudança de regulamento. 

Procurado pelo UOL Esporte por meio de sua assessoria, o piloto afirmou que ficou sabendo do noticiário na hora do almoço e que não faria qualquer comentário a respeito. No momento, ele passa férias com a família

Questionada pela reportagem sobre o rumor do acordo já ter sido firmado, a chefe de imprensa da Williams deixou claro que a possível volta de Massa não depende apenas da vontade do brasileiro. “Até que a Mercedes confirme qualquer coisa em Janeiro, não vamos tomar nenhuma decisão ou faremos qualquer anúncio.”

A Mercedes, por sua vez, afirmou inicialmente que só bateria o martelo sobre quem seria o substituto de Nico Rosberg, que decidiu aposentar-se após a conquista do título mundial, no início de em janeiro. Porém, no último final de semana, em entrevista para a TV austríaca Servus TV, o consultor Niki Lauda indicou que isso pode demorar mais do que o previsto.

“Esperávamos ter uma decisão mais rápida, mas as discussões provaram ser difíceis”, admitiu o tricampeão. “Há dois cenários: ou pegamos um cara jovem como Wehrlein, que poderia ser um Verstappen do futuro ou não. Ou pegamos um cara experiente. Mas ainda estamos decidindo. Há muitas discussões na verdade. Pode ser que demore até o final de janeiro para decidirmos qual vamos pegar.”

São várias as questões que pesam na decisão da Mercedes. Para liberar Bottas, a Williams pede um desconto de 100% no fornecimento de motores, o que gira em torno dos 15 milhões de euros. Porém, ao mesmo tempo, o time alemão teria que arcar com o salário do finlandês - que foi recentemente renovado com a equipe inglesa por 6 milhões de euros ao ano - e ainda encontrar uma vaga para Pascal Wehrlein, o que faria os alemães novamente colocar a mão no bolso, seja na Sauber, seja na Manor.

Financeiramente, o melhor para a Mercedes seria optar por Wehrlein, que faz parte do programa de desenvolvimento. Porém, existe a dúvida se a promoção do alemão seria prematura. Afinal, o campeão da DTM, campeonato de turismo da Alemanha, de 2015 tem apenas uma temporada de experiência, na nanica Manor.

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