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Venda da Fórmula 1 coloca em dúvida futuro imediato de Bernie Ecclestone

Ecclestone (direita) e o CEO do Liberty Media, Chase Casey - Reprodução/Twitter
Ecclestone (direita) e o CEO do Liberty Media, Chase Casey Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

19/01/2017 12h35

Uma das grandes incógnitas após a aquisição dos direitos comerciais da Fórmula 1 pela empresa norte-americana Liberty Media, que passou por seu terceiro e último grande obstáculo na última quarta-feira, com a votação favorável do Conselho da categoria, é o futuro de Bernie Ecclestone. O promotor, que está à frente do esporte há cerca de 40 anos, reconhece que seu futuro é incerto.

Durante os primeiros atos da venda, Ecclestone, de 86 anos, disse que permaneceria trabalhando com os novos donos por três anos. Porém, não houve nenhuma menção oficial ao seu novo papel desde então.

“Veremos agora como a companhia seria administrada”, disse Ecclestone à Press Association. “Não é uma questão de quais os meus termos, mas de ver qual caminho eles querem seguir. É algo que teria acontecido de qualquer jeito. Precisávamos cuidar disso [da sucessão] se eu morresse ou algo do tipo, e estava na hora de fazer isso.”

Ecclestone deu a entender que procurava encontrar uma pessoa que pudesse assumir seu lugar quando chegaram os novos compradores. Após convencer as equipes de que eles deveriam se unir para organizar melhor e lucrar com os campeonatos no final dos anos 70, o então chefe da Brabham tomou o controle do esporte para si, tornando-se um bilionário. Por ser centralizador, contudo, sua sucessão há anos é um problema.

“Estávamos no meio disso [encontrar um sucessor] quando soubemos que essas pessoas provavelmente comprariam, então paramos e pensamos ‘vamos esperar porque eles serão donos e são os que têm de decidir o que querem’”.

Segundo o britânico, partiu do Liberty Media o pedido para que ele ficasse por três anos. “Na verdade estamos tentando juntar pessoas que possam cuidar das coisas que eu venho tentando encontrar gente para fazer, que é de patrocínio e coisas do tipo. Como disse, vamos esperar para ver como as coisas vão ser operadas.”

Apesar dos novos donos terem falado na intenção de mudar desde o formato das corridas até a relação com as mídias sociais, há limites no que pode ser feito devido aos contratos firmados por Ecclestone tanto com as equipes, com duração até 2020, quanto com os organizadores dos GPs, que têm acordos mais longos em alguns casos. Com o GP da Grã-Bretanha, por exemplo, o contrato atual é até 2026.

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