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Fórmula 1

Seis anos depois de grave acidente, Kubica se sente pronto para testar F-1

Leonhard Foeger
Imagem: Leonhard Foeger

Do UOL, em São Paulo

06/02/2017 11h38

Considerado um dos grandes pilotos de sua geração, Robert Kubica viu sua carreira na Fórmula 1 ser abreviada por um grave acidente quando participava de uma prova de rali, em 2011, dias depois de ter sido o mais rápido nos testes de pré-temporada. Com graves lesões no braço e na mão, o polonês sempre descartou voltar a correr na categoria, mas diz ter mudado de ideia recentemente.

Devido às limitações de movimentos em consequência do acidente, Kubica nunca mais competiu em carros de fórmula e recentemente foi confirmado no Mundial de Endurance, correndo com a equipe ByKolles. O retorno a uma competição de alto nível fez o polonês voltar a sonhar com a F-1.

“Há três anos me ofereceram a chance de testar um carro de F-1, mas naquele momento eu não tinha a confiança de que iria bem”, revelou em entrevista ao motorsport.com. A chance foi dada pela Mercedes depois que o piloto andou no simulador do time.
“Eu sei que às vezes você só tem uma chance, mas sempre quis me certificar sobre minha condição e o que posso fazer. E se eu não tinha certeza, sempre disse para mim: esqueça.”

Kubica lembrou que sua condição física “não é comum”. Por ter tido graves comprometimentos nos nervos da mão e do braço, o polonês convive com a limitação dos movimentos. Ainda assim, acredita que, atualmente, está preparado para andar em um F-1 novamente.

“Hoje eu responderia de forma diferente, eu gostaria de experimentar um carro de F-1. Faz tempo [que eu pilotei um F-1 pela última vez], então tenho que provar para mim mesmo - mas acho que eu me daria bem. Já experimentei vários simuladores e estou convencido de que poderia pilotar em 80% dos circuitos, mas não em todos”, afirmou.

“Também tenho de lembrar que testar de F-1 é uma coisa, fazer o final de semana de corrida é outra. Nas minhas últimas três temporadas, eu consegui um nível de performance muito bom e sinto que não tenho mais isso.”

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