Cláusula prevê fim de acordo McLaren-Honda. Isso pode selar saída de Alonso
Depois de duas temporadas sem vitórias, a McLaren anunciou no fim de 2014 a volta do acordo de fornecimento de motores com a Honda. No entanto, os resultados seguem aquém do esperado pela equipe inglesa – já são quatro anos sem vencer uma corrida (2013 e 2014 com a Mercedes, 2015 e 2016 com a Honda), sem dar indícios de que o quadro irá se reverter em 2017.
Assim, a situação do acordo entre McLaren e Honda começa a apresentar sinais de deterioração. Com desempenho abaixo das principais rivais nos testes da pré-temporada, a equipe cobra a fornecedora. O motor até esboçou uma reação, mas ainda distante de Mercedes e Ferrari, por exemplo.
A insatisfação pode inclusive mudar os planos da parceria. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, a falta de desempenho pode abreviar o retorno da Honda aos carros da McLaren.
“A McLaren tem um acordo de longo prazo com a Honda, até 2024, mas é sabido que há cláusulas de rompimento de ambos os lados. Se a McLaren desejar rompê-lo, poderá faze-lo no fim deste ano”, destaca a publicação. “Da mesma forma, se a Honda sentir que seus problemas estão causando mais danos à imagem do que podem encarar, eles também podem romper laços. (Porém), os dois lados querem evitar o cenário apocalíptico, demonstrando compromisso público um com o outro.”
Se quiser manter a Honda a partir de 2018, a McLaren deve se sujeitar a um risco: o de perder Fernando Alonso. Pelo menos de acordo com outro jornal britânico, o Daily Express.
O bicampeão chegou à equipe no começo de 2015 para conduzir a equipe de volta às vitórias com o motor japonês. No entanto, em dois anos, o espanhol não conquistou nem mesmo um pódio. A melhor posição foi o quinto lugar em três corridas: Hungria-2015, Mônaco-2016 e Estados Unidos-2016.
O contrato do bicampeão com a McLaren vai até o final de 2017 – e, durante os testes de pré-temporada, o próprio Alonso deixou claro que pode ir embora em 2018 caso não veja evolução no pacote oferecido por McLaren e Honda.
“Meu futuro não é minha prioridade agora”, disse, segundo o jornal. “Eu vivo o presente e tento aproveitar o máximo que posso no momento”, completou.
O diário, por sua vez, condiciona a permanência de Alonso justamente ao acordo entre McLaren e Honda. “As duas partes têm acordo contractual até 2024, mas sabe-se que há cláusulas de rompimento, inclusive uma que pode encerrar o compromisso no fim desta temporada”, relembra. “Se Alonso for convencido a ficar, certamente será com base na ativação da cláusula em questão”, completa.
Aos 35 anos, Alonso faz aniversário em julho, justamente quando a dança das cadeiras na F1 começará a ganhar força. O espanhol, vivendo seus últimos anos na F1, já admitiu interesse no Mundial de Endurance, embora desperte a atenção de outras equipes.
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