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Sem Rosberg, Hamilton é favorito em 2017. Mas Ferrari pode estragar a festa

Hamilton vem tentando jogar favoritismo para cima das Ferrari - Mark Thompson/Getty Images
Hamilton vem tentando jogar favoritismo para cima das Ferrari Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Melbourne (AUS)

21/03/2017 04h00

A temporada de 2017 da Fórmula 1, que começa neste final de semana, na Austrália, tem um ingrediente que havia muito tempo não se via na categoria: o atual campeão, Nico Rosberg, vai assistir às corridas do lado de fora, após decidir se aposentar. A última vez havia sido com Alain Prost, em 1994.

Rosberg explicou que não conseguiria mais competir com o mesmo nível exigido em 2016 depois de atingir aquele que sempre foi seu maior objetivo na vida. Ainda mais correndo na Mercedes ao lado de Lewis Hamilton, considerado um dos melhores dos últimos anos.

O inglês, que inicia sua 11ª temporada na Fórmula 1 com números que o colocam no top 3 da história, não terá a chance de tentar a revanche em cima daquele que foi seu principal algoz nos últimos anos, mas isso não significa que terá vida fácil para a conquista do tetracampeonato.

Para o lugar de Rosberg, a Mercedes contratou às pressas Valtteri Bottas, o que acabou desencadeando no retorno de Felipe Massa mesmo após despedir-se  da categoria no final do ano passado. O finlandês chega pressionado, com um contrato de apenas um ano, mas também bastante motivado após receber a maior chance de sua carreira.

Mas aqueles que aparecem como os grandes desafiantes são a dupla da Ferrari, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. Os testes de pré-temporada mostraram que o time italiano inovou no projeto de 2017 e que os pilotos têm nas mãos um carro bastante equilibrado e que pode medir forças com a poderosa Mercedes, dominadora da F-1 de 2014 para cá. Vettel lidera a equipe de Maranello e deve ter prioridade, enquanto Raikkonen vive um momento de renascimento, bem mais à vontade com os carros novos, mais aderentes devido a mudanças no regulamento, do que nos últimos anos.

Correndo por fora está a dupla da Red Bull, Daniel Ricciardo e Max Verstappen. Depois de ser o time que mais chegou perto da Mercedes ano passado, a equipe do competente australiano e da nova estrela da F-1 teve dificuldades em entender seu carro novo nos testes. Porém, como eles têm a tradição de acertar a mão no desenvolvimento do carro, não seria uma surpresa se os tetracampeões entre 2010 e 2013 brigarem pelas primeiras posições ao longo do ano.

Revigorado após o retorno inesperado, Felipe Massa acabou fazendo um bom negócio: o brasileiro se adaptou muito bem ao novo carro da Williams, equipe que conta ainda com o ex-diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe e com o alto investimento trazido pela família do estreante Lance Stroll, seu companheiro. Deve ser o suficiente, pelo menos, para o time se firmar como a quarta força do grid.

As atividades para o GP da Austrália começam com os treinos livres na quinta-feira às 22h30 pelo horário de Brasília. O segundo treino livre começa às 2h30 da sexta-feira e o terceiro, à meia-noite do sábado. Todas as sessões serão transmitidas pelo SporTV, que também mostra a classificação na íntegra a partir das 3h do sábado, sendo que os últimos 15 minutos também serão transmitidos pela Globo. A corrida tem largada às 2h com transmissão pela Rede Globo pela Rádio Bandeirantes.

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