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Hamilton reclama de mudanças nos carros na F-1 em 2017: "Mais do mesmo"

Hamilton largou na pole na Austrália, mas acabou corrida em segundo - Rick Rycroft/AP
Hamilton largou na pole na Austrália, mas acabou corrida em segundo Imagem: Rick Rycroft/AP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

29/03/2017 04h00

A temporada de 2017 da Fórmula 1 mal começou e já tem piloto reclamando das novas regras. Lewis Hamilton foi contra a introdução do pacote de mudanças adotado neste ano desde o início, tendo alertado várias vezes para o risco das novidades resultarem em menos ação na pista. E, após uma primeira prova morna na Austrália, o inglês voltou a reclamar.

“Não sei se essas regras tornam as coisas mais emocionantes em termos de disputas, mas acho que, se esse for o caso, não apenas as regras teriam de ser revistas novamente no futuro, mas também quem está cuidando delas”, disse o piloto da Mercedes, ouvido pelo UOL Esporte em Melbourne.

“É preciso que as mudanças andem no caminho certo para dar mais emoção para os torcedores porque tem sido mais do mesmo por muito tempo. E se continuarmos assim mesmo com uma mudança tão grande de regulamento, quer dizer que algo não está certo.”

Hamilton sempre se posicionou contra o pacote atual por considerar que aumentar a pressão aerodinâmica produzida pelos carros aumentaria o efeito negativo da turbulência quando um carro tenta seguir outro de perto. Outro efeito colateral das novas regras é a diminuição das zonas de frenagem, o que também afeta as ultrapassagens.

O piloto da Mercedes não foi o único a expressar sua opinião. Diversos engenheiros e chefes de equipe alertaram para o risco das novas regras afetarem negativamente a qualidade das corridas, em um pacote que visava aumentar a velocidade dos carros.

O próprio Hamilton acabou sendo vítima dessa nova realidade na prova de abertura da temporada, ao ficar preso atrás de Max Verstappen após sua parada nos boxes, dando a chance para Sebastian Vettel se aproveitar e vencer o GP da Austrália.

Mais mudança por aí?
Com a aquisição da Fórmula 1 por parte do grupo Liberty Media e a consequente chegada de Ross Brawn para comandar a área técnica, a expectativa é que haja uma tentativa de convergência de ideias. Porém, uma das primeiras propostas feitas por Brawn é o fim da asa traseira móvel, artifício adotado em 2011 para aumentar o número de ultrapassagens.

Na época, ele foi adotado em conjunto com pneus com maior desgaste, o que acabou resultando na quebra de recordes de manobras por GP. E circula no paddock a informação de que Brawn estaria tentando bani-lo ainda neste ano.

Contudo, na primeira corrida de 2017, com os compostos mais resistentes adotados pela Pirelli, houve uma queda brusca: foram 5 ultrapassagens, contra 37 de 2016.

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