Chefe da Renault diz que Kubica não é cogitado para 2018 "no momento"

O polonês Robert Kubica já expressou seu desejo de retornar à Fórmula 1, anos depois de um acidente de rali que o deixou com sérias sequelas nos braços, em 2011. Depois de fazer seu primeiro teste com um carro da categoria desde então, há duas semanas, o piloto disse que sentia-se pronto para voltar a garantiu que não tem limitações por conta do acidente, sofrido quando era piloto da Renault.

Mas o chefe do time francês, que conduziu o teste em Valência, na Espanha, disse que o piloto não está em seus planos para 2018. “Sei que o esporte é cheio de especulações e rumores”, disse Cyril Abiteboul ao site Motorsport. “Mas acho que neste caso precisamos ser muito cuidadosos, porque estamos falando de um indivíduo que todos amamos, com uma imagem fantástica, e que passou por uma situação muito difícil do ponto de vista pessoal.”

Abiteboul afirmou que, embora a Renault tenha conduzido o teste, “não queremos criar expectativas, e isso inclui Robert.”

Segundo fontes ouvidas pelo UOL Esporte, a programação inicial de Kubica é fazer outros dois testes até o final de julho, incluindo os dois dias de testes após o GP da Hungria, em que andaria com outros pilotos do atual grid.

Enquanto isso, na Renault, aumenta a pressão em cima de Jolyon Palmer, cujo contrato vai até o final do ano. Mas, pelo menos por enquanto, Abiteboul não coloca Kubica na lista dos possíveis substitutos.

“Em determinado momento vamos discutir nossa dupla de pilotos para o futuro, isso todos sabem. Temos um contrato de longo prazo com Nico [Hulkenberg] e um contrato apenas para 2017 com Jolyon. Em determinado momento vamos ver as opções. Se Robert se tornar uma opção, veremos. No momento, ele não está na lista. Há muitas coisas que ele precisa fazer para entrar nesta lista.”

No entanto, o próprio dirigente admite que existe uma grande admiração dos engenheiros da Renault por Kubica, considerado por muitos o mais talentoso da geração de Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.

“Há em Enstone um grupo de pessoas composto por Bob Bell, Nick Chester e Alan Permane, que conhecem Robert como piloto e trabalharam com ele e mantiveram contato com ele nos últimos anos. E isso é algo que eles sempre discutiram ‘e se ele pudesse pilotar novamente?` Tivemos a oportunidade e ela fez parte do processo de recuperação de Robert. Ele fez F-2, GP3, LMP2, F-E, várias coisas, e isso também é parte de seu programa. Mas não quero criar uma obrigação para a Renault dar a Robert o próximo passo.”