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Descontente com a Honda, McLaren procurou Ferrari para ter motores em 2018

McLaren está no terceiro ano da parceria com a Honda - Mark Thompson/Getty Images
McLaren está no terceiro ano da parceria com a Honda Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

11/07/2017 07h10

Em busca de um motor competitivo para disputar a temporada de 2018 e cansada de esperar avanços da atual parceira Honda, a McLaren sondou a Ferrari para se tornar fornecedora do time no ano que vem.

A sondagem ocorreu depois do início das negociações com a Mercedes, o que significaria o retorno de uma parceira que fez sucesso nos anos 1990 e nos 2000. Várias possibilidades estão sendo estudadas pelo time de Woking, incluindo o rompimento por apenas uma temporada com a Honda, algo permitido pelo contrato firmado entre ambos.

Na Áustria, os japoneses estrearam a nova especificação de sua unidade de potência e, ainda que o chefe de operações da Honda, Yusuke Hasegawa, tenha se mostrado animado com os resultados, um problema nos treinos livres obrigou Fernando Alonso a voltar a usar um motor velho para evitar uma quebra.

Com a forte tensão dentro da parceira, o chefe da McLaren, Eric Boullier, chegou a dizer na etapa anterior, em Baku, que havia a possibilidade de usar outro motor em 2018, e explicou os comentários na Áustria. “O comentário foi tirado de contexto. Me perguntaram sobre uma discussão. A Honda é o motor que a McLaren tem e obviamente quando você diz que há três opções, alguém escolhe uma, então não é uma possibilidade.”
Sentado ao seu lado na coletiva de imprensa, Hasegawa disse que deixar a McLaren por um ano “não é uma opção para nós, não queremos fazer isso.”

O rumor de uma separação apenas em 2018 surgiu depois que a Honda fechou parceria com a Sauber para o ano que vem. A solução temporária permitiria que os japoneses se reorganizassem para voltar à McLaren mais fortes em 2019, já preparando-se para uma nova mudança que deve ocorrer na configuração dos motores para 2020.

Tal mudança, que, de acordo com o chefão da F-1, Ross Brawn, deve trazer motores bi-turbo mais simples que os atuais V6 turbo híbridos, faz com que a Honda volte a ser uma parceira atrativa, especialmente para times como Red Bull e Williams, que desejam deixar de ser apenas clientes de Renault e Mercedes, respectivamente.

Com as novas regras que entraram em vigor em 2015 para resolver o entrave da Red Bull, que se viu ameaçada de ficar sem um fornecedor, as empresas podem ser obrigadas a equipar algum time que precise de um motor, e por isso a chance da McLaren correr com motor Ferrari em 2018 não pode ser descartada.

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