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Em meio a grandes mudanças, Red Bull se mexe para manter dupla de pilotos

Daniel Ricciardo, da Red Bull, no pódio do GP de Cingapura - Mark Thompson/Getty Images
Daniel Ricciardo, da Red Bull, no pódio do GP de Cingapura Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Cingapura (CIN)

21/09/2017 04h00

Quando a temporada de 2017 começou, a expectativa era grande para a dança das cadeiras entre os pilotos para o próximo ano. Mas a manutenção das duplas das principais equipes, como Mercedes, Ferrari e Red Bull, está fazendo todo mundo ficar de olho no que vai acontecer no final do ano que vem. Especialmente o time de Daniel Ricciardo e Max Verstappen, que deve passar por grandes mudanças no final de 2018 e tenta garantir a permanência da atual dupla de pilotos.

A Red Bull teria recebido da Renault a informação de que seu atual contrato de fornecimento de motores não será renovado no final do ano que vem, algo que está diretamente ligado com o acordo recentemente divulgado entre os franceses e a McLaren, que é válido por três anos a partir do ano que vem. Afinal, não interessa à Renault equipar times que, potencialmente, podem ser mais fortes que sua equipe de fábrica.

A saída para a Red Bull seria apostar na recuperação da Honda, que começa, na próxima temporada, uma parceria com sua equipe júnior, a Toro Rosso. Certamente o chefe Christian Horner e companhia estarão de olho na evolução dos japoneses, o que poderia se tornar um caminho interessante principalmente com a mudança no regulamento dos motores, em 2021, que colocará todos em pé de igualdade novamente em termos de desenvolvimento.

Até lá, entretanto, Horner sabe que precisa convencer seus atuais pilotos a ficar. Daniel Ricciardo fica livre ao final de 2018 e Max Verstappen teria um contrato até o fim de 2019, mas estaria disposto a tentar uma liberação. Para o chefe da Red Bull, a única forma de segurar a atual dupla é fazendo um carro que lute por campeonatos, o que não acontece desde 2013.

“Ambos nossos pilotos estão sob contrato, pelo menos pelo ano que vem. Cabe a nós produzir um bom carro, sermos competitivos. E então por que os pilotos gostariam de estar em qualquer outro lugar? Obviamente temos muita escolha, mas nosso primeiro objetivo é manter os dois que temos no carro no momento.”

O australiano, que não esconde sua vontade de ir para a Ferrari, mas reconhece que dificilmente seria um nome aprovado por Sebastian Vettel, que tem contrato por mais três anos, afirmou ao UOL Esporte que vai avaliar a situação geral apenas ano que vem.

“Acredito que teremos de avaliar qual será a situação ano que vem. No momento, certamente é cedo demais. Claro que sei que estou fora de contrato ano que vem, mas é muito cedo para tomar qualquer decisão. Até porque temos de esperar para ver o que acontece ao redor em 2018, mas daqui até pelo menos o início do ano que vem meu único objetivo será fazer o melhor com o que nós temos e tentar vencer. Isso é o mais importante.”

Isso porque há outras vagas que podem se abrir: Kimi Raikkonen, na Ferrari, fica fora de contrato, assim como ambos os pilotos da Mercedes, potencialmente abrindo as três vagas mais cobiçadas do mercado.

Para o ano que vem, a única mudança confirmada até agora é a ida de Carlos Sainz para a Renault.

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