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Alonso diz que decide sobre futuro em outubro. Mas não depende só dele

Fernando Alonso no treino para o GP da Itália - AFP PHOTO / ANDREJ ISAKOVIC
Fernando Alonso no treino para o GP da Itália Imagem: AFP PHOTO / ANDREJ ISAKOVIC

Julianne Cerasoli

De Suzuka, no Japão

03/10/2017 04h00

A McLaren fez a vontade de Fernando Alonso e rompeu com a Honda para ter os motores Renault na próxima temporada. Mas o espanhol ainda não assinou sua renovação e disse na Malásia, onde foi o 11º colocado na corrida vencida por Max Verstappen no último domingo, que só vai tomar uma decisão entre as etapas do Japão, que será realizada já neste final de semana, e a seguinte, que será nos Estados Unidos.

“Esse é o prazo que eu me coloquei para tomar uma decisão e escolher o que quer que eu ache que será o melhor”, afirmou.

Nos últimos meses, Alonso pressionou fortemente a McLaren para que rompesse com a Honda, repetindo que via a equipe com possibilidades de lutar por vitórias caso tivesse um motor diferente. Mas o espanhol ainda não está convencido. E nem a McLaren tem garantias de que poderá manter um dos maiores salários da categoria.

“Já repeti várias vezes: quero voltar a ser competitivo, a lutar por pódios, pela vitória e pelo campeonato e ainda preciso de mais informações para tomar minha decisão. Ao mesmo tempo, eu continuo otimista porque a Mclaren é um dos melhores times da história da Fórmula 1, então acho que temos tudo o que precisamos para chegar lá.”

No entanto, esse parece ser apenas o discurso oficial, pois o próprio Alonso deu uma dica do que realmente está adiando o acordo: quando perguntado se queria um contrato por um ano para ficar livre no final de 2018, como é o caso dos pilotos da Mercedes, Red Bull e de Kimi Raikkonen, além de vários que estão no meio do pelotão, o bicampeão disse que não, “pois a minha visão de automobilismo é mais ampla do que isso”.

Depois de ter disputado as 500 Milhas de Indianápolis neste ano, Alonso tenta repetir o feito ano que vem, e pressiona também para participar das 24 Horas de Le Mans. O chefe da McLaren, Zak Brown, contudo, já afirmou publicamente que o time não permitirá que o piloto perca alguma etapa da F-1 para correr em outra categoria, o que impossibilitaria pelo menos sua participação na prova norte-americana.

Outra questão é financeira: a Honda injetava milhões de dólares na equipe, enquanto a Renault vai cobrar pelos motores. Por conta disso, a equipe precisa de parceiros para manter o nível salarial de Alonso.

A McLaren já tem a confirmação de que Stoffel Vandoorne vai continuar na equipe ano que vem.

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