De saída com briga a embaixador? A reviravolta de Alonso na McLaren
Quando a temporada de 2007 acabou, Fernando Alonso não tinha clima nenhum para continuar na equipe na qual estreara naquele mesmo ano. Em pé de guerra com o então chefe Ron Dennis por acreditar não ter um tratamento igual ao então companheiro Lewis Hamilton e depois de ter revelado e-mails que comprovavam que a equipe usara irregularmente dados roubados da rival Ferrari, o espanhol entrou em um acordo com a equipe para encerrar seu contrato dois anos antes do previsto.
O clima interno era tão ruim que, mesmo com ambos os pilotos vivos na luta pelo título, Dennis chegou a justificar um erro na estratégia de Hamilton no GP da China, penúltimo da temporada, dizendo que a o time estava tentando “correr contra Fernando”.
Dennis e Alonso, contudo, se juntariam novamente com o surpreendente retorno do espanhol à McLaren no final de 2014, mas a parceria mais uma vez não duraria muito tempo, uma vez que o dirigente entrou em disputas internas e acabou sendo demitido da McLaren no final de 2016.
Foi então que começou uma verdadeira reviravolta para Alonso na McLaren. Dennis foi substituído por Zak Brown e o norte-americano logo passou a usar o espanhol para alavancar os negócios do time por meio de sua visibilidade, além de criar um atrativo para manter o piloto mesmo com a má fase da equipe: apoiar projetos que vão além da categoria.
Foi assim que Alonso participou das 500 Milhas de Indianápolis neste ano e se prepara para fazer provas de endurance ano que vem. Ele já tem o nome confirmado nas 24h de Daytona, em janeiro, e deve disputar provas do Mundial de Endurance, inclusive as 24h de Le Mans.
E Brown explicou ao UOL Esporte que esse é apenas o começo. “Gostaríamos de manter Fernando por muito tempo na McLaren. Minhas conversas com ele têm sido nesse sentido: eu quero vê-lo se aposentando na McLaren, mas não apenas na Fórmula 1. Talvez possamos correr na Indy juntos, ou em carros de turismo. Quero ver Fernando ser lembrado como um piloto McLaren e que tenhamos muitas vitórias juntos.”
E isso também vai para fora das pistas: recentemente, a McLaren anunciou que a marca de roupas e acessórios do espanhol, Kimoa, se tornou parceira oficial do time.
Para o futuro, Brown vê Alonso ligado à McLaren inclusive quando o piloto parar de correr.
“Ele é muito inteligente e realmente sabe como motivar uma equipe. Então acho que ele poderia ser valioso para nós mesmo depois que parar de correr. Talvez algo parecido com o que Mika Hakkinen passou a ser um embaixador para nós porque, quando você pensa em Hakkinen, você pensa na McLaren”, comparou.
O bicampeão assinou em outubro a extensão de seu contrato, que se encerraria no final de 2017, mas a duração do novo compromisso não foi divulgada.
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