Ele é polêmico e pode estar com os dias contados: saiba tudo sobre o halo
A Fórmula 1 e outras categorias ligadas à FIA estreiam neste ano uma das novidades mais polêmicas dos últimos tempos: o halo, proteção adicional para a cabeça dos pilotos, muito criticada por piorar o aspecto visual dos carros ao mesmo tempo em que não garantiria que os dois acidentes mais graves da F-1 dos últimos 10 anos - de Felipe Massa, na Hungria em 2009 e de Jules Bianchi no Japão em 2014 - teriam consequências mais leves.
6 perguntas sobre o halo:
Ele veio para ficar? Provavelmente, não. Mesmo com a decisão pela adoção do halo, é consenso que ele não é a melhor solução, apenas o que pôde ser desenvolvido até o momento. Existe a possibilidade, portanto, de que algum tipo de visor semelhante a aviões de caça seja adotado para ano que vem.

Prejudica a visão dos pilotos? Em certa medida, sim, embora a grande maioria tenha relatado que, com o tempo, se acostumou a ter uma haste em seu campo de visão. Houve pilotos, como Romain Grosjean, por exemplo, que disseram terem tido enjoo ao pilotar com o halo, ou dificuldade de olhar algo que está muito distante à frente. E existe a dúvida do que acontecerá em lugares onde há subidas ou descidas íngremes, como na famosa Eau Rouge, na Bélgica. Porém, de acordo com Whiting, “na comparação com um carro protótipo, a visibilidade é extremamente boa.”

Afeta o desempenho do carro? Sim, e os engenheiros dizem que a principal dor de cabeça é o peso adicional “É um equipamento muito pesado porque não é só a peça em si, mas também a estrutura que temos de colocar para suportar as cargas. Aumentaram o peso mínimo do carro, mas não o suficiente para abater o impacto do halo”, explicou o diretor técnico da Williams, Paddy Lowe. Além disso, há um impacto aerodinâmico e menos ar será jogado para a entrada que alimenta o sistema de arrefecimento do carro e fica logo acima da cabeça do piloto.
Todos os halos serão iguais? Não. Apesar de, quando o sistema foi testado, na maioria das vezes a versão totalmente preta foi usada, as equipes poderão usar parte do halo para publicidade e, inclusive, poderão colocar pequenas aletas para melhorar a aerodinâmica de acordo com as necessidades do projeto de cada carro. Tais asas são permitidas em uma área restrita na parte de cima do halo e já foram usadas pela McLaren no teste realizado em Abu Dhabi logo após o final da temporada 2017.
Os carros da temporada 2018 da F-1 começam a ser lançados no final de fevereiro, e vão à pista do Circuito da Catalunha, em Barcelona, em duas baterias de quatro dias de testes de pré-temporada entre 26 de fevereiro e 9 de março. O campeonato começa com o GP da Austrália, dia 25 de março.
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